‘Marca-passo cerebral’ pode transformar a vida de pacientes com Parkinson

Descubra como a estimulação cerebral profunda que revoluciona o tratamento da doença de Parkinson

DBS se destaca como um tratamento avançado que tem revolucionado a vida de pacientes no Brasil Foto: Laboratório Phillp Starr/ divulgação -

Com mais de 90% dos pacientes reportando melhora nos sintomas após 1 ano¹, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) é considerada uma terapia segura e pode reduzir até 70% dos tremores². Saiba mais sobre o chamado DBS.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença de Parkinson afeta cerca de 4 milhões de pessoas no mundo, incluindo 200 mil brasileiros³. E mais: com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, o número de casos no mundo pode dobrar até 2040³, já que a condição afeta cerca de 1% das pessoas com mais de 65 anos³.

Para se ter ideia, uma análise epidemiológica da doença de Parkinson no Brasil, com dados referentes ao período de 2021 a 2023, evidenciou um aumento nos diagnósticos nos últimos anos e apontou que, embora a doença seja mais comum em idosos entre 60 e 69 anos, de 10% a 20% dos casos ocorrem em adultos por volta dos 50 anos (4, 5 e 6).

“Parkinson é hoje a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no planeta. No entanto, ainda existe pouca divulgação a respeito da condição clínica, seus sintomas e tecnologias disponíveis para tratamento”, diz Lucas Silva, diretor de Neuromodulação da Boston Scientific, que completa. “A doença não tem cura, mas seu espectro é amplo e as terapias evoluíram significativamente nos últimos 30 anos”.

Entre eles, o DBS (do inglês Deep Brain Stimulation) se destaca como um tratamento avançado que, apesar de ainda pouco conhecido, tem revolucionado a vida de pacientes no Brasil e no mundo. Com mais de 20 anos de existência e resultados expressivos (8), essa terapia segura e comprovada da Boston Scientific (9), líder global em dispositivos médicos, presente em 127 países, já beneficiou mais de 100 mil pessoas, ajudando-as a recuperar o controle dos movimentos e a qualidade de vida¹¹.

Para se ter uma ideia, segundo pesquisas da empresa, mais de 90% dos pacientes relataram uma melhora nos sintomas após 1 ano¹. Além disso, 96% desses pacientes afirmam que fariam o tratamento com DBS novamente (10). Os pacientes com tremores ainda reportaram uma redução média de 70% dos sintomas, dependendo do tipo e localização².

Um bom caminho a seguir

Diagnosticado com Parkinson há mais de uma década, César, ex-jogador de futebol, passou anos refém da progressão da doença, vendo seus movimentos limitados, dependendo de medicamentos e, principalmente, percebendo a perda daquilo que mais amava: o futebol. A virada veio com o DBS e o resultado surpreendeu até quem convive com ele diariamente. A liberdade de movimento trouxe de volta também muitos sonhos.

Já Norma, professora, diagnosticada com Parkinson em 2016, passou anos sem diagnóstico, enfrentando a progressão do Parkinson até chegar a ponto de perder completamente os movimentos. Quando recebeu o diagnóstico correto, iniciou o tratamento e, mais tarde, foi indicada para a cirurgia do DBS. Sem recursos, Norma mobilizou sua cidade natal, Pedra Azul, Minas Gerais, em uma vaquinha que arrecadou R$90 mil com apoio de rádios, TVs e da comunidade local. Operada em janeiro de 2022, em São Paulo, ela teve sua autonomia restaurada.

O DBS, tratamento utilizado nos dois casos, pode oferecer aos pacientes com doença de Parkinson um aumento de 6 horas sem movimentos involuntários problemáticos, conhecidos como discinesias, em comparação com o tratamento apenas com medicamentos, dando aos pacientes mais controle e independência para realizar as suas tarefas cotidianas sem rigidez ou congelamentos¹. Além disso, a melhora significativa na função motora é sustentada por pelo menos 5 anos (7) .

“A técnica utiliza um pequeno dispositivo com formato anatômico e confortável, semelhante a um marca-passo, cirurgicamente implantado na região do tórax, que envia sinais elétricos a fios condutores posicionados no cérebro. Essa estimulação pode melhorar a função motora, diminuindo sintomas como tremores, lentidão e rigidez, além da redução em 30% da medicação”, explica Silva.

Assim como nos casos de César e Norma, a terapia pode ser indicada quando o paciente responde bem às medicações, mas não consegue mais controlar os sintomas motores mesmo com altas doses de medicamento (10). É nesse momento que a chamada “janela do DBS” se abre, sendo o período ideal para que o paciente se beneficie do tratamento.

Iniciativas que fazem a diferença

Pelo segundo ano consecutivo, a Boston Scientific lança a Campanha ‘Parkinson com DBS – É possível Sonhar’ 2025, para incentivar pacientes e familiares a descobrir novas possibilidades – seja explorando novos hobbies, alcançando metas de vida ou retomando atividades que pareciam inatingíveis – graças ao DBS. Com o mote “Quando foi a última vez que você sonhou algo novo com o Parkinson?”, a iniciativa dá voz a personagens reais, cujas histórias mostram como é possível transformar desafios em conquistas.

Além das histórias de sucesso do César e da Norma, o www vivercomparkinson.com.br reúne informações detalhadas sobre a condição clínica, orienta sobre a jornada do paciente e apresenta o DBS – tratamento disponível no SUS e incluído no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, com cobertura pelos planos de saúde. Além disso, oferece atendimento via WhatsApp para esclarecer dúvidas e auxiliar no agendamento de consultas com médicos especialistas por geolocalização, proporcionando suporte completo ao paciente em todas as etapas do tratamento.

Já para apoiar pacientes que buscam financiamentos para procedimentos, a Boston Scientific firmou parcerias para criar uma plataforma de financiamento de saúde. O Leap+ é similar a um e-commerce, em que o médico ou hospital faz um cadastro na plataforma, cria um carrinho de compras com os itens que serão necessários para a realização dos procedimentos e convida o paciente a acessar a plataforma e conhecer as opções de parcelamento disponíveis. É possível, por exemplo, financiar apenas os honorários da equipe médica, se os gastos hospitalares estiverem cobertos pelo plano de saúde, ou todos os custos, caso o paciente não tenha nenhum convênio.

Em resumo, são iniciativas como essa que estimulam a inclusão e a diversidade, gerando criatividade e o conhecimento necessário para transformar novas ideias em soluções de impacto, que criem valor e realmente mudem o dia a dia dos pacientes com Parkinson. Para a Boston Scientific, essa é a missão: transformar vidas por meio de soluções médicas inovadoras que melhoram a saúde dos pacientes ao redor do mundo. (Agência Estado)

FONTE: ES BRASIL