Maníaco do Parque diz que se converteu e planeja mudar de nome após deixar a prisão

Condenado por matar nove mulheres, Francisco de Assis Pereira deixará penitenciária em 2028 sem passar por avaliação psicológica

- Maníaco do Parque Francisco de Assis (Reprodução)

Francisco de Assis Pereira, conhecido como o Maníaco do Parque, revelou que pretende mudar de nome ao deixar a prisão em 2028, após cumprir 30 anos de pena. Condenado por uma série de crimes que chocaram o país no final da década de 1990, ele está detido atualmente na Penitenciária de Iaras, no interior de São Paulo, onde divide cela com outros condenados por crimes sexuais.

Em entrevista inédita concedida à psicóloga forense Simone Lopes Bravo, Francisco declarou que se converteu ao evangelho em 1999 e afirma que desde então “nunca mais teve pensamentos violentos”.

Segundo ele, a mudança de vida é resultado de sua fé: “Sou um novo homem. Aquele Francisco não existe mais”, disse. Ele relata viver em constante oração e conta que foi batizado por evangélicos durante passagem pela Penitenciária de Itaí.

Apesar da alegada transformação espiritual, Francisco afirmou que não pretende pedir perdão às famílias das vítimas. “Deus já me perdoou”, disse ao ser questionado sobre os crimes que cometeu. A declaração gerou controvérsia, considerando o histórico de violência e o impacto que seus atos deixaram em dezenas de famílias.

Condenado por estuprar e matar pelo menos nove mulheres, o ex-motoboy relatou durante a entrevista detalhes sobre sua atuação criminosa. Segundo ele, abordava jovens no Parque Ibirapuera com falsas promessas de oportunidades como modelo. Algumas das mulheres foram violentadas e assassinadas; outras, segundo Francisco, foram poupadas.

Ele também revelou que os impulsos começaram ainda na infância e admitiu ter se masturbado diante dos corpos das vítimas. “Aqueles pensamentos me excitavam”, confessou, ao comentar os crimes. Ao tentar justificar o padrão dos ataques, afirmou: “Não matava homens porque me sentia atraído pelo corpo das mulheres”.

Pelo regime penal da época em que foi condenado, Francisco será liberado diretamente após cumprir o tempo máximo previsto em lei, sem necessidade de avaliação psiquiátrica ou acompanhamento posterior. A decisão preocupa especialistas e gera debate sobre a ausência de medidas de transição para casos de altíssima periculosidade.

FONTE: O FUXICO GOSPEL