
Uma mulher de 27 anos foi presa após confessar ter dado clonazepam – remédio controlado usado para ansiedade e epilepsia – para que a filha, de 1 ano, parasse de chorar. A menina foi socorrida para o hospital pela Polícia Militar (PMMG) depois que a avó da criança denunciou o crime. O caso aconteceu em Governador Valadares, na região do Rio Doce, nessa quinta-feira (19/9).
Segundo a PMMG, a avó ligou para a polícia afirmando que sua filha havia dado clonazepam para a neta, que estava desacordada. Os militares foram ao local e encontraram a denunciante e a mãe da pequena na porta da casa, com a menina nos braços. A criança estava em sono profundo, mas com sinais vitais aparentemente normais.
Questionada, a suspeita contou que deixou a casa dos pais na segunda-feira (15/9), após se desentender com eles por estar desempregada e sem o auxílio Bolsa Família para custear as despesas da filha. Ela foi para a casa de um amigo, onde permaneceu até esta quinta-feira, quando a menina passou a chorar incessantemente chamando pela avó.
Segundo a mãe, a menina também se recusava a dormir. Com isso, ela deu sete gotas de clonazepam, sem prescrição médica, para que a filha “dormisse e parasse de chorar”. Porém, a menina continuou agitada, e a mulher decidiu pegar o primeiro ônibus e retornar à casa dos pais.
A avó relatou que a menina chegou ainda acordada à sua residência, mas passou a cambalear e chegou a cair no chão devido ao efeito do remédio. Por volta de 12h30, a criança acabou adormecendo e não acordou mais, mesmo após tentativas da família.
Desesperadas, mãe e filha decidiram acionar a PM. Os militares chamaram o Samu, mas não havia ambulâncias disponíveis no momento. Diante disso, os agentes socorreram a menina rapidamente para o hospital da cidade, onde ela ficou acompanhada da avó e de uma conselheira tutelar.
A mãe da criança recebeu voz de prisão. Durante a ocorrência, ela afirmou que não tinha a intenção de prejudicar a filha e reconheceu que errou. Ela foi levada para a delegacia da Polícia Civil (PCMG). O caso será investigado.
FONTE : O TEMPO