Lei em defesa de crianças do espectro autista ganha nome da filha do goleiro Cássio, do Cruzeiro

Atleta é pai de Maria Luiza e é um defensor da causa

- A deslegitimação do diagnóstico de autismo impacta de diversas formas as pessoas com TEA Foto: Imagem: vetre | Shutterstock

A luta do goleiro Cássio, do Cruzeiro, em prol das pessoas do espectro autista, foi homenageada na cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A Câmara Municipal da cidade aprovou um projeto de lei em prol de pessoas com TEA (transtorno do espectro autista). O texto foi nomeado Lei Maria Luiza, o mesmo nome da filha do atleta cruzeirense, que foi diagnosticada com TEA.

Pela lei aprovada na câmara de Uberlândia, as escolas da cidade que se recusarem a aceitar matrículas de crianças autistas terão que fazer a recusa por escrito. As instituições podem ser penalizadas por não aceitarem alunos com TEA. Segundo um vereador da cidade, a escolha do nome da lei é exatamente uma homenagem ao goleiro Cássio.

A lei também determina a garantia da presença de um profissional de apoio em sala de aula para crianças com Transtorno do Espectro Autista.

Segundo o jogador de 38 anos, Maria conta com uma profissional especializada que a acompanha desde os dois anos de idade, quando moravam em São Paulo. Sem citar nomes de instituições de ensino, Cássio afirmou que as escolas não aceitam a presença dessa profissional na sala de aula para auxiliar a filha.

“Hoje, como tantos outros pais de crianças autistas não verbais, venho compartilhar algo muito doloroso. Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita. Tudo isso porque a Maria tem uma pessoa especializada que a acompanha desde os 2 anos de idade. Essa profissional veio com a gente de São Paulo, conhece a Maria profundamente, tem a confiança dela e poderia ajudá-la dentro de sala sem atrapalhar o andamento das atividades”, iniciou Cássio.

“Mesmo assim, as escolas não aceitam essa ajuda. Muitas vezes somos chamados para conversar, eu e minha esposa vamos até a escola, explicamos tudo, mostramos disposição em colaborar. No final, a resposta é sempre negativa”, continou.

FONTE: O TEMPO