Governo quer acabar com a obrigatoriedade de aulas em autoescolas para tirar a CNH

Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem sem habilitação atualmente,

Foto: Jeane de Oliveira/FDR - Atualmente, para conquistar a CNH no Brasil, o candidato deve cumprir etapas obrigatórias em autoescolas

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está avaliando uma proposta que pode facilitar o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ao considerar a eliminação da obrigatoriedade de frequentar autoescolas. O tema ganhou projeção após o ministro dos Transportes, Renan Filho, manifestar a intenção de tornar o processo mais acessível e menos oneroso. A proposta tem gerado debates e chama atenção por suas possíveis implicações. Atualmente, para conquistar a CNH no Brasil, o candidato deve cumprir etapas obrigatórias em autoescolas. O processo inclui aulas teóricas e práticas, seguidas da realização das provas aplicadas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Embora seja considerado um modelo estruturado, os altos custos são um obstáculo para muitos brasileiros. Há também críticas apontando a necessidade de modernizar e tornar o sistema mais inclusivo.“O Brasil é um dos poucos países no mundo que obriga o sujeito a fazer um número de horas-aula para fazer uma prova. A autoescola vai permanecer, mas ao invés de ser obrigatória, ela pode ser facultativa”, afirmou Renan Filho.

Principais vantagens da proposta

  • Custo reduzido: a eliminação da exigência de autoescolas poderia diminuir significativamente os gastos com a obtenção da CNH.
  • Acesso ampliado: pessoas que vivem em regiões remotas ou com recursos limitados teriam mais facilidade para se preparar por conta própria.
  • Métodos de aprendizado variados: os candidatos poderiam optar por formas de estudo que melhor se adequem às suas realidades, como cursos online ou aprendizado autodidata.

Críticas e possíveis impactos negativos

A proposta, no entanto, tem enfrentado críticas, especialmente no que diz respeito à segurança no trânsito. Especialistas alertam que a redução do rigor na formação de condutores pode resultar em motoristas menos preparados. A ausência de uma formação padronizada e estruturada também pode comprometer a qualidade do ensino e aumentar os riscos nas estradas.

Proposta ainda em discussão

O projeto ainda está em fase de análise e não foi oficialmente apresentado. Caso seja aprovado, pode representar mudanças profundas na forma como os brasileiros obtêm sua habilitação. A iniciativa tem fomentado debates acalorados em todo o país, com opiniões divididas entre os que defendem maior acessibilidade e os que priorizam a segurança no trânsito.

FONTE: JORNAL CORREIO CIDADE