
O julgamento no TRE-ES avançou de forma decisiva e deixou Gilvan da Federal cada vez mais perto da inelegibilidade. A relatora Janete Vargas Simões votou pela manutenção da condenação por violência política de gênero contra Camila Valadão. O placar parcial de três a zero indica que o desfecho dificilmente mudará, mesmo após o pedido de vista.
Com essa virada jurídica, o cenário político se movimenta. Ao perder capacidade eleitoral, Gilvan reduz sua influência interna no PL. Assim, Magno Malta aparece como o principal beneficiado e amplia seu raio de ação para fortalecer o nome de Maguinha Malta. Ela já é pré-candidata ao Senado e agora avança sem obstáculo interno, podendo inclusive preparar a filha para disputar uma vaga de deputada federal.
A relatora afirmou que Gilvan praticou humilhação e discriminação ao mandar Camila calar a boca e ao repetir xingamentos em sessões gravadas da Câmara de Vitória. A condenação em segunda instância o enquadra na Lei da Ficha Limpa e o torna inelegível por oito anos, mesmo que a pena de prisão seja suspensa.
O efeito político se torna imediato. Gilvan perde espaço e deixa um vácuo que favorece diretamente a ala Malta dentro do PL. Maguinha ganha terreno, consolida protagonismo e transforma o desgaste do adversário em combustível para 2026.
Os atos cometidos por Gilvan entre novembro e dezembro de 2021 serviram de base para a condenação. Ele chamou Camila de satanista, mandou que ela se calasse e voltou a atacá-la com expressões como assassina de bebê, fatos amplamente registrados em vídeo. A Justiça entendeu que ele buscou intimidar e dificultar o exercício do mandato da parlamentar.
O julgamento será retomado quando o voto-vista retornar ao plenário. No entanto, a tendência já está definida. Gilvan se aproxima da inelegibilidade e Maguinha Malta emerge como a grande vencedora dentro do PL, reposicionando o jogo bolsonarista no Espírito Santo para a eleição de 2026.
