
Moradores da comunidade Vila Esperança, no bairro Jabaeté, em Vila Velha, ocuparam a Prefeitura na manhã desta terça-feira (25). Eles querem ser ouvidos por Arnaldinho Borgo sobre a reintegração de posse determinada pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), marcada para a próxima sexta-feira (28).
Junto com Vale da Conquista, são mais de 800 famílias em risco de despejo. As ocupações, que foram oficialmente reconhecidas como área de interesse social para moradia pelo ex-prefeito do município, Max Filho (PSDB), em 2020, começaram a enfrentar perseguições e ameaças de despejo após a revogação da decisão em 2022 pelo atual prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo.
Em nota, Arnaldinho afirma que “Vila Velha não aceita mais ocupações irregulares”. Segundo ele, as identificadas pela Prefeitura e passíveis de regularização, o município está trabalhando para que isso ocorra.
“Neste exato momento estamos construindo 280 moradias sociais para acolher famílias em vulnerabilidade social. E temos mais programas de habitação social que serão iniciados. Chega de grilagem de terra e manipulação das famílias de bem de Vila Velha, por meio de informações falsas”.
Relembre
Apontada como liderança da Vila Esperança, Adriana de Jesus, a “Baiana”, e integrante da coordenação capixaba do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), contou ao EShoje sobre a preocupação, luta e resistência dos moradores da região.
“Lá começou em novembro de 2016. Desde dezembro do último ano a gente já tem um processo movimentando contra nós e de lá pra cá estamos lutando. Somos uma comunidade muito grande, eu diria que é a maior ocupação que nós já tivemos no Estado do Espírito Santo, que há nove anos tem lutado pela posse da sua terra, do seu barraco, do seu espaço”, destaca.
A decisão de reintegração de posse foi tomada pelo juiz Manoel Cruz Doval, que determinou que o cumprimento do mandado deve ser realizado com o auxílio da Polícia Militar e, se necessário, com a participação da Secretaria Municipal e/ou Estadual. O juiz também autorizou “ordens de arrombamento e demolição”, evidenciando a gravidade da situação.
VEJA SOBRE: Mais de 800 famílias em risco de despejo em Vila Velha
FONTE: Thais Rossi – ESHOJE