Exportação de gengibre aumenta 49% no Espírito Santo

Mais de 26 mil toneladas de gengibre foram exportadas, de uma produção em torno de 64 mil toneladas - Foto: Divulgação

Mais de 26 mil toneladas de gengibre foram exportadas, de uma produção em torno de 64 mil toneladas - Foto: Divulgação -

Por Kikina Sessa

O gengibre cultivado nas montanhas capixabas tem conquistado o paladar de estrangeiros. Em 2024, a raiz picante foi enviada para 50 países, sendo que os principais compradores foram os Países Baixos, Estados Unidos, Espanha, Reino Unido e Itália. Foram pouco mais de 26 mil toneladas exportadas, de uma produção em torno de 64 mil toneladas.

No Espírito Santo, o cultivo da planta de origem asiática teve início na década de 1970, no município de Santa Leopoldina, que é o maior produtor, respondendo por 40% da produção. Hoje, a área destinada ao cultivo é de 1.070 hectares, tendo Santa Maria de Jetibá e Domingos Martins no ranking dos três maiores produtores. Em 2012, o Estado contava com uma área de apenas 246 hectares e produção de 8.565 toneladas.

“O Espírito Santo é referência na produção e exportação de gengibre. Somos responsáveis por mais da metade de todo o gengibre exportado pelo Brasil. Esse protagonismo tem sido valorizado pelo mercado externo, que se dispôs a pagar um preço maior devido à qualidade que só se encontra em terras capixabas”, afirma o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.

Produtora de gengibre em Domingos Martins, Vânia Reinholz Traichel conta que há 13 anos os pais começaram a cultivar a raiz e há 2 anos iniciaram a exportação, com a criação da empresa Ginger Brasil, especializada em exportação. Em 2024, foram 140 contêineres de gengibre exportados para os Estados Unidos e Países Baixos. Produção da família de Vânia e de outros produtores da região.

Exportação de gengibre aumenta 49% no Espírito Santo
Plantação de gengibre em Domingos Martins: produto com certificação de orgânico vai para o exterior – Foto: Ginger Brasil/Divulgação

“Nosso forte é o cultivo de gengibre orgânico. Temos hoje 30 hectares certificados”, conta Vânia, explicando que a preferência do mercado europeu é por produtos orgânicos.

Nessa época do ano a exportação é de gengibre baby, que é feita de avião, pelas condições frágeis da planta. A partir de junho começa a exportação do gengibre maduro, essa vai em navio. Para 2025, a expectativa é aumentar a quantidade exportada.

FONTE: ES BRASIL