
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos negou nesta sexta-feira (16) qualquer envolvimento na produção de um programa de televisão, em formato de reality show, em que imigrantes competiriam por cidadania norte-americana. A informação havia sido divulgada pelo jornal britânico Daily Mail, que afirmou ter tido acesso a documentos sobre o projeto.
Segundo o veículo de comunicação, a secretária adjunta e porta-voz do departamento, Tricia McLaughlin, teria reconhecido que a proposta estava sendo analisada pela equipe da agência e que houve uma conversa telefônica com o produtor da ideia, Rob Worsoff, na semana anterior.
Worsoff, que já produziu o reality show “Duck Dynasty” (2012) e é cidadão canadense, declarou que o objetivo do programa seria “celebrar o que significa ser cidadão americano”. Ele negou que o formato tivesse qualquer semelhança com o filme “Jogos Vorazes”. Depois da publicação da reportagem, McLaughlin usou o X (ex-Twitter) para classificá-la como “fake news”. A porta-voz afirmou que a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, não apoiou nem teve conhecimento prévio da proposta de nenhum programa televisivo.
“O @DHSgov [Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos] recebe centenas de propostas de programas de TV por ano, que vão de documentários sobre operações do ICE [Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos, em português] e CBP [Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA] até investigações conduzidas pelo HSI. Cada proposta passa por um rigoroso processo de avaliação antes de ser aprovada ou recusada”, afirmou.

Sob a gestão de Noem, o Departamento tem investido em estratégias de comunicação pública. Segundo o Wall Street Journal, a área arrecadou mais de US$ 200 milhões com uma campanha publicitária estrelada pela própria secretária, em que ela orienta imigrantes em situação irregular a deixarem os Estados Unidos e “voltarem para casa”.