
Na última terça-feira (27), estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) José Cupertino, localizada em Afonso Cláudio, participaram de uma visita pedagógica à Comunidade de São José do Queimado, no município da Serra. A atividade foi organizada pela professora de História Joelva da Conceição Borges, e teve como objetivo promover uma vivência prática e significativa dos conteúdos trabalhados em sala de aula.
Durante a visita, os alunos puderam conhecer um território de relevante valor histórico, cultural e social, promovendo reflexões sobre identidade, ancestralidade, resistência e cidadania. A atividade reforçou a importância da educação antirracista e da valorização da cultura afro-brasileira como parte da formação integral dos estudantes da Rede Estadual.
Entre as ações desenvolvidas ao longo do dia, os estudantes participaram de rodas de conversa com moradores locais, observaram os espaços históricos da comunidade e realizaram atividades de registro e produção de conhecimento a partir das vivências no território. O contato direto com o local e com as pessoas que mantêm viva a memória da resistência negra permitiu que os estudantes estabelecessem conexões concretas com os conteúdos históricos e sociais estudados em sala.
“Mais do que uma saída de campo, essa visita foi uma aula viva de história, identidade e resistência. Estar na Comunidade de São José do Queimado permitiu aos nossos alunos compreenderem, de forma concreta, a força da cultura afro-brasileira e a importância da memória coletiva. Foi emocionante ver o interesse, o respeito e o envolvimento deles em cada momento da atividade”, afirmou a professora Joelva Borges.
A docente também destacou a relevância da ação no enfrentamento ao racismo e na construção de uma educação cidadã:
“A educação precisa ir além dos livros e do quadro. Quando o estudante pisa num território como o de São José do Queimado, ouve os moradores, vê as marcas da história viva, ele aprende com o coração e não esquece mais. É esse tipo de experiência que transforma o olhar e forma cidadãos mais conscientes, humanos e críticos”, concluiu.
“Eu nunca imaginei que aprender história poderia ser assim. Estar na Comunidade de São José do Queimado me fez entender de verdade o que foi a luta dos negros pela liberdade. Ouvir as histórias dos moradores, ver os lugares onde tudo aconteceu, me tocou de um jeito que nenhum livro tinha conseguido antes. Foi emocionante”, compartilhou o estudante Davi Zorzal.
FONTE: SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO (SEDU/ ES)