
Embora ainda seja considerado um tabu, o fetiche cuckold — quando um homem sente prazer ao ver ou saber que sua parceira transou com outro — tem ganhado cada vez mais praticantes em todo o país. No Espírito Santo, o número de capixabas que se declaram “cornos assumidos” também chama atenção e coloca o estado entre os que mais aderem à prática.
Celebrado em 25 de abril, o Dia do Corno é marcado por novos dados do Sexlog, a maior rede social de sexo e swing da América Latina. Segundo a plataforma, os quatro estados da região Sudeste apresentam os maiores índices de identificação com o fetiche, que reúne quase meio milhão de adeptos assumidos no Brasil.
Veja os percentuais dos usuários que se declaram cuckolds:
- Rio de Janeiro: 39,79%
- São Paulo: 39,58%
- Minas Gerais: 37,88%
- Espírito Santo: 34,27%
O levantamento também revela que 51% dos homens têm vontade de viver a fantasia, enquanto 21% das mulheres se consideram ou desejam ser hotwives — mulheres que mantêm relações com outros homens com o consentimento do parceiro.
Entre os praticantes do fetiche, 92% sentem excitação ao imaginar a parceira com outro homem, e 78% afirmam ter esse desejo desde antes do relacionamento atual. A maioria, 53%, prefere assistir aos encontros ao vivo. Já 22% gostam apenas de ouvir os relatos, 14% recebem fotos ou vídeos, e 11% não gostam de acompanhar de nenhuma forma.
O principal estímulo inicial vem da pornografia: 57% se excitaram pela primeira vez ao assistir vídeos sobre o tema. Outros 23% foram influenciados por experiências de amigos ou parceiros, e 15% despertaram o interesse após vivenciar o swing.
Na divisão dos papéis, 74% dos homens se identificam como cuckolds, 15% como comedores de casadas, e 11% transitam entre os dois. Além disso, 78% estão em relacionamentos estáveis, e 89% afirmam que o fetiche fortaleceu o vínculo com a parceira.
Como explorar o fetiche com segurança
De acordo com Mayumi Sato, CMO do Sexlog, o diálogo é essencial. “Nenhuma fantasia deve ser vivida por imposição. Confiança e consentimento são fundamentais.” Confira algumas dicas básicas:
- Conversem abertamente sobre fantasias, limites e expectativas;
- Reservem tempo para conhecer a pessoa com quem irão se relacionar. Usem as funcionalidades do Sexlog para trocar mensagens, fotos e vídeos;
- Estabeleçam regras claras sobre o que é permitido ou não;
- Utilizem proteção em todos os encontros;
- Evitem o consumo de álcool e drogas para garantir o consentimento consciente.
Mais liberdade, menos tabu
Para Mayumi, o fetiche mostra como os casais estão dispostos a romper com padrões tradicionais. “É uma prática que envolve confiança, entrega e vulnerabilidade. E isso diz muito sobre as novas formas de viver o prazer.”