Endometriose atinge 1 em cada 10 brasileiras, segundo Ministério da Saúde

A endometriose pode ser diagnosticada por meio de exames ginecológicos, como ressonância magnética, ultrassonografia abdominal e pélvica e o transvaginal.

Nesta quarta-feira (07), celebra-se o Dia Internacional da Luta contra a Endometriose. A doença é caracterizada pelo crescimento anormal do tecido que reveste a parede do útero em outros órgãos da região pélvica, como as tubas uterinas e o intestino. Segundo o Ministério da Saúdeuma em cada dez mulheres sofre com a condição que manifesta por dores intensas s durante o período menstrual, menstruação irregular, hemorragias, desconfortos no assoalho pélvico, dificuldade para  esvaziar o intestino, constipação, entre outros sintomas.  

A endometriose pode ser diagnosticada por meio de exames ginecológicos, como ressonância magnética, ultrassonografia abdominal e pélvica e o transvaginal. 

O médico clínico Dr. Marcelo Bechara, especialista em Medicina Integrativa e Ciência da Obesidade, explica que o sobrepeso pode agravar o quadro que, em muitos casos, é delicado. “Sabemos que a obesidade é responsável por desenvolver e agravar muitas doenças e,com a endometriose, não poderia ser diferente. O excesso de gordura cria um processo inflamatório no organismo, podendo potencializar os sintomas da condição, como irregularidades no ciclo menstrual e a constipação, por exemplo. Também é importante evidenciar que, em decorrência da obesidade, a doença pode se manifestar de forma mais intensa”, explica o especialista. 

A endometriose possui tratamentos que incluem o uso de medicamentos, como anti-inflamatórios, pílulas anticoncepcionais e, em alguns casos, cirurgias. Outra alternativa, que vem ganhando força entre as pacientes que receberam o diagnóstico, é a medicina integrativa –  um conjunto de técnicas que visam  tratar  da condição, prevenir  o agravamento dos sintomas e o surgimento de outras doenças.  

“A medicina integrativa é uma alternativa moderna que pode auxiliar no tratamento da endometriose. Por meio das práticas adequadas, conseguimos atuar nos sintomas da doença, como as dores na região pélvica e a constipação intestinal, por exemplo. Também é possível evitar o surgimento de outros sintomas, como a anemia e até a depressão. Contudo, é importante ressaltar que a prática não substitui o acompanhamento com o ginecologista”, conclui Bechara.