Um empresário de Iúna foi condenado a 24 anos de prisão por estuprar repetidamente uma menor aprendiz que trabalhava em sua loja em 2019. O julgamento, realizado pelo Ministério Público no dia 18 de fevereiro de 2025, considerou a gravidade dos crimes, a relação de poder entre empregador e vítima, e o impacto devastador na vida da adolescente, que faleceu precocemente em decorrência de um câncer grave.

De acordo com a sentença, o homem aproveitava-se de sua posição de autoridade para cometer os abusos sexuais, que ocorreram em diversas ocasiões. A vítima, que tinha apenas 14 anos na época, e sua família foram ameaçadas pelo empresário para que não denunciassem os crimes. O medo das represálias levou a família a se mudar para um município distante, na tentativa de proteger a adolescente e recomeçar a vida longe do agressor.

Os laudos psicológicos apresentados durante o processo revelaram que a jovem sofria de danos emocionais irreparáveis, incluindo estresse pós-traumático, ansiedade e depressão severa, consequências diretas dos abusos sofridos. A sentença destacou que o sofrimento da vítima foi agravado pela violência e pela coação psicológica imposta pelo acusado.

O aumento da pena, que chegou a 24 anos de prisão, foi determinado devido à repetição dos crimes, à relação de poder entre o agressor e a vítima, e ao impacto devastador na vida da adolescente. O Ministério Público argumentou que o empresário abusou de sua posição de empregador para cometer os atos criminosos, o que configurou um agravante no caso.

A tragédia ganhou contornos ainda mais dolorosos com o falecimento precoce da vítima, que não resistiu a um câncer grave. A família atribui o adoecimento da jovem ao trauma emocional vivido durante os anos de abuso.

A defesa do empresário ainda pode recorrer da decisão. Enquanto isso, a família da vítima espera que a condenação traga algum alívio após anos de dor e luta por justiça.

FONTE: ESPÍRITO SANTO NOTÍCIAS