
A sessão ordinária desta terça-feira (7), na Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, foi marcada por um embate político entre dois vereadores do mesmo partido: Thiago Neves (PSB) e Alexandre de Itaoca (PSB). O confronto expôs um início de tensão interna dentro da legenda socialista no município, em meio a movimentações que já miram o cenário eleitoral de 2026.
O estopim foi uma fala de Thiago Neves em defesa do governador Renato Casagrande (PSB) e do vice-governador Ricardo Ferraço (MDB). O discurso, no entanto, soou como uma crítica velada ao vice-prefeito Júnior Corrêa (NOVO), por conta de uma curtida em uma publicação do deputado Lucas Polese (PL), adversário político do governo estadual.
Para boa parte dos parlamentares, a manifestação de Thiago foi interpretada como desnecessária e provocadora, ao insinuar um mal-estar entre a administração municipal e o Governo do Estado — ambos aliados políticos.
Quem reagiu de imediato foi Alexandre de Itaoca, também do PSB. Da tribuna, o vereador defendeu a união entre os poderes e criticou o que chamou de “interpretações políticas equivocadas” e “teatros eleitorais”.
“Nós não podemos trazer uma briga de dentro para fora ou de fora para dentro. Cachoeiro precisa crescer com a mão do nosso governador Renato Casagrande, com o vice Ricardo Ferraço, com o prefeito Theodorico Ferraço e com o vice-prefeito Júnior Corrêa. O momento é de somar esforços, não de dividir”, afirmou Itaoca.
Em tom firme, ele alertou que a política local precisa ser conduzida com lealdade e coerência, e não com oportunismo.
“Tem muita gente que hoje usa do governo, mas lá na frente vai descer a cacetada. No momento certo, as máscaras vão cair. A política precisa ser feita com coerência e lealdade, e não com conveniência”, disparou.
Itaoca também exaltou a parceria entre o município e o Governo do Estado, destacando que essa sintonia tem rendido bons resultados para Cachoeiro e não deve ser contaminada por disputas antecipadas.
“O melhor para Cachoeiro é continuar com essa parceria sólida entre Casagrande, Ricardo Ferraço, Ferraço e Júnior Corrêa. O resto é barulho político”, concluiu.
O episódio, embora aparentemente pontual, revelou o clima de reposicionamento em curso dentro do PSB cachoeirense, onde parte da base já começa a se alinhar em torno de projetos futuros. Alexandre de Itaoca, por sua vez, manteve o discurso de moderação e reafirmou o compromisso com a estabilidade política e administrativa, colocando o interesse do município acima de ambições pessoais.
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