
O pensamento nasce a partir de vários fatores comutados, como percepções cognitivas pelos sentidos inerentes ao homem dentro do seu habitat. Contudo, com ou sem censura, a humanidade nunca ousou praticar o anarquismo do livre pensar sem filtro.
O ideal, para o homem voltar ao paraíso sem pecado, seria alcançar o elevado estágio de se recusar a reprimir um único pensamento, por mais anômalo, indecente ou sem nexo. Que ele fluísse pela boca sem sofrer regulação por regras ou por tradição cultural.
A liberdade de expressão é o maior bem de uma alma. Enquanto significar instrumento de controle da sociedade, o corpo também estará aprisionado na solitária de uma prisão sem grades. Livre, voltar-se-ia ao Gênesis, em forma de criaturas angelicais, sem contenção de falar e agir.
O que pode já é mísero. A Constituição Brasileira é confusa para magistrados limitados ou neófitos. Em sentença simplista, protegem homens públicos, por exemplo, blindando-os sob a dúvida e invocando o direito à personalidade que não é, pela mesma Carta Magna, pilar da Democracia.
Então, sem lei já não se é livre para pensar o absurdo; imagine o homem censurando o homem pela letra fria? A mente está sempre em ebulição de pensamento, que, na linha da vida, é mais existente para o indivíduo do que suas manifestações faladas. A saúde mental, por esse motivo, está em colapso.
Somente falando exatamente o que se pensa, com o outro tendo a capacidade de ouvir, com o mesmo direito de se expressar, seria possível a aproximação com a vida abundante e plena: em corpo, alma e espírito. Holisticamente lindo! Por esse prisma, os loucos representam mais, mesmo com o defeito da falta de lógica.
Enquanto quaisquer meios de comunicação estiverem regulados, e as pessoas com travas nas línguas porque não conseguem a autenticidade do existir absoluto, homens vão subjugar homens. A verdade será suprimida. A frustração virá em forma de transtornos de toda ordem, da depressão à ansiedade.
Ou pode-se pensar e expressar tudo, sem que isso seja crime ou gere discriminação, ou morre-se com os pensamentos envenenados, sem condições de expurgo do relativismo conveniente. Se não se pode falar o que não pode porque está proibido, melhor virar um ermitão num universo quântico.
Acho que foi escrito exatamente o que se pensou. Por isso a prolixidade. Acho.