
Drogas de alto padrão, vendidas por até R$ 150 a grama para a classe média na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Esse era o foco de uma organização criminosa do tráfico, alvo de operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) na manhã desta quinta-feira (13/11), em cidades da Grande BH. Quatro suspeitos foram presos durante a ação, que apreendeu mais de R$ 1 milhão em drogas.
As investigações que identificaram a ação dos suspeitos começaram há mais de um ano. Segundo o delegado Sérgio Belizário, o grupo distribuía drogas para clientes da classe média alta. As entregas eram feitas por motoboys ou por grandes grupos de entregas.
“As drogas eram vendidas entre R$ 30 e R$ 150 o grama, dependendo do entorpecente. É uma droga de alto valor, que é consumida pela classe média e classe média alta. Eles tinham uma marca própria, anunciando drogas pelas redes sociais com ‘padrão de qualidade’. Eram entregues pelos motoqueiros ou pelos Correios e Mercado Livre”, conta.
A operação cumpriu 27 mandados de busca e apreensão e de prisão. Três homens, de 27, 30 e 31 anos, foram presos em Contagem, na Grande BH. Outro suspeito, de 27, foi preso em flagrante durante ação em Pará de Minas. Na ação, a PCMG também apreendeu 13 kg de skunk, conhecida como supermaconha, e haxixe. O valor das drogas é avaliado em mais de R$ 1 milhão.
Segundo o chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico, Rodrigo Bustamante, a apreensão é resultado de uma força-tarefa no combate a quadrilhas que atuam no tráfico de drogas. “São grupos que não buscam estabelecer pontos de venda pela força, mas lucrar de forma grande, atuando com entregas e fazendo lavagem de dinheiro. Hoje ocorreu uma fase da investigação após o serviço de inteligência. Esses últimos acontecimentos no Estado estão sendo analisados e investigados, e a resposta, por vezes, pode demorar, mas os resultados estão aí. Foram 150 policiais envolvidos nessa ação”, afirma.
A Justiça também determinou o bloqueio de bens de até R$ 50 milhões nas contas dos envolvidos. As investigações prosseguem para a identificação de novos suspeitos.
A reportagem questionou os Correios e o Mercado Livre sobre ações para impedir o uso dos serviços pelo tráfico e aguarda retorno. O espaço segue aberto.
FONTE: O TEMPO