
O deputado federal Da Vitória, presidente estadual do Partido Progresssita do Espírito Santo, concedeu entrevista à FOLHA DO ES, destacando algumas peculiaridades, tipo não desejar fazer nenhuma projeção para as eleições de 2026.
Destacou sua trajetória política e se considera um político de direita. Diz que o PP foi o partido em que ele mais se identifica. Sobre ficar ou sair do governo do Presidente Lula, Da Vitória diz que o partido é independente, mesmo tendo um ministro da sigla no governo, e criticou a economia do País.
O parlamentar foi categórico em mencionar que a população mais pobre tem sofrido com a política estática da gestão petista, com a alta dos preços e que, por isso, a governança está mal avaliada.
Acompanhe a entrevista na íntegra:
– O deputado foi eleito pela sétima vez coordenador da bancada federal. O senhor aprecia liderar os demais parlamentares e a importância dessa função?
A nossa bancada capixaba, os 10 deputados federais e os três senadores, é um referência para o Brasil quando falamos do trabalho na defesa dos interesses do Estado. Desde 2019, quando iniciamos a coordenação, tenho encontrado uma unidade e uma disposição de defender o Espírito Santo muito grande de todos os parlamentares. Isso pode ser exemplificado desde a definição em investimentos das emendas, como a aplicação de mais de R$ 300 milhões na obra da rodovia do Contorno do Mestre Álvaro, na implantação da BR-447, no projeto de engenharia para duplicação da BR-259, nos recurso para a segurança pública, saúde, educação. Além da defesa nas pautas legislativas, como foi a manutenção dos incentivos para as empresas do comércio atacadista e distribuidor e do comércio internacional até 2032, projeto que relatamos na Câmara. Então, ser parte dessa unidade é gratificante e nos motiva a seguir essa atuação.
– O senhor migrou do PPS para o PP. Nessa polarização de Esquerda e Direita, o deputado se identifica pouco ou muito para que lado ideológico?
A minha conduta e minha vida política falam por si. Tenho um pensamento e conduta voltados para a direita. Mas sempre construído com diálogo. A minha posição na coordenação da bancada, por exemplo, exige uma posição equilibrada. Porque para defender o Espírito Santo, precisamos do apoio dos deputados e senadores das mais variadas correntes ideológicas. Isso não pode pesar na hora de defender uma conquista pro Estado.
Estar no Progressistas é uma honra pra mim, porque é o partido com o qual mais me identifiquei em minha trajetória na política.
Precisamos pensar mais do que a polarização política. A gente precisa construir unidade, defender o que é positivo pro Estado, pro Brasil. É assim que nós atingimos a vida das pessoas e tentamos mudar para melhor.
Mas tenho meus pensamentos que se aproximam mais da direita, por exemplo, na economia. Uma economia liberal, fortalecimento de quem empreende, gera emprego, renda pro brasileiro. Um Estado menor, equilíbrio nas contas públicas.
– O presidente do seu partido nacional, Ciro Nogueira, tem expressado a inclinação do PP deixar o barco do Lula, juntamente com outros partidos da sigla. O senhor tem debatido o assunto e concorda com a posição nacional?
A partido dialoga frequentemente sobre o assunto. Apesar de termos um ministro, o deputado André Fufuca, que faz um excelente trabalho no Ministério dos Esportes, o Progressistas tem uma posição de independência na Câmara. Quando entendemos que o projeto não é bom pro Brasil, votamos contra, questionamos. Se for positivo, votamos a favor.
O que temos hoje é um Governo mal avaliado pela população, que ainda patina na economia. E isso pesa para os mais pobres, com a alta no preço dos alimentos, do custo de vida. Afasta investidores do País.
A eleição é somente no ano que vem. Precisamos focar em trabalhar no que é bom pro Brasil. Independente se tem o apoio do Governo ou não. O Congresso ganhou muita força nos últimos ano, protagonismo. E assim deve continuar sendo.
– Qual a bandeira que mais se destaca na sua trajetória política? Um projeto que o senhor considera importante em favor dos capixabas?
Olha, tenho como meta ajudar no desenvolvimento do Espírito Santo e do Brasil. Dando oportunidades para as pessoas, emprego, renda. Isso que faz a vida do povo mudar.
Em 2021, relatei um projeto que, na minha avaliação, vai ao encontro disso. A renovação dos incentivos fiscais até 2032. E garantimos isso na Reforma Tributária. Muitas empresas estão aqui no Estado porque damos melhores condições do que outros lugares. Somente no setor atacadista e distribuidor, isso representa mais de 100 mil empregos que preservamos no Espírito Santo. Olha o tamanho dessa conquista. E isso foi construído junto da nossa bancada e de todos os partidos políticos. Com diálogo, mostrando o porquê era importante.
Além disso, cito também os investimentos em infraestrutura que fizemos enquanto bancada como já falei anteriormente que darão competitividade ao Estado no futuro próximo.
Vamos, agora, com a bancada, lutar em outro projeto para ampliar o desenvolvimento do Estado, que é a inclusão de todas as cidades capixabas na área da Sudene.
– O senhor virá candidato a senador, a governador ou à reeleição? Permanecerá até 2026 na base do governador Renato Casagrande e se sim quem será seu candidato à sucessor listado nas últimas pesquisas?
Ainda falta um ano e meio para as eleições de 2026. Isso é uma eternidade. A gente precisa trabalhar no momento. Deixa a eleição pro ano que vem. Vamos seguir o calendário eleitoral.
Como presidente estadual do Progressistas posso dizer uma coisa: em 2026 estaremos sentados na mesa para definir o futuro do Estado. Somos um dos maiores partidos do Espírito Santo e do Brasil. Temos nomes para ocupar as vagas majoritárias do próximo ano. E vamos fazer esse trabalho internamente e também na hora que precisar construir com os demais partidos.
O Progressistas ajuda o Estado na Assembleia, temos espaço no Governo e uma relação boa com o governador. Assim como temos com outros partidos que não estão na base
Mas vamos deixar 2026 para 2026. O momento agora é de trabalhar.