
Moradores de 26 municípios mineiros e capixabas já podem preparar as boas histórias que sonham em transformar em filmes. Estão abertas as inscrições para a quarta edição do Concurso de Histórias do Curta Vitória a Minas até 15 de setembro através do site curta vitória minas.com.br. O projeto é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com a realização do Instituto Marlin Azul, Ministério da Cultura/Governo Federal.
Podem se inscrever pessoas acima de 18 anos residentes nas seguintes cidades que se desenvolveram no entorno da Estrada de Ferro Vitória a Minas: Santa Leopoldina, Fundão, Ibiraçu, João Neiva, Colatina e Baixo Guandu, no Espírito Santo, e Aimorés, Itueta, Resplendor, Conselheiro Pena, Tumiritinga, Governador Valadares, Periquito, Naque, Belo Oriente, Santana do Paraíso, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Antônio Dias, João Monlevade, Nova Era, Bela Vista de Minas, Rio Piracicaba, Santa Bárbara e Catas Altas, em Minas Gerais.
Funciona assim: os moradores podem enviar histórias reais ou inventadas, com até 5 páginas. Cada concorrente pode enviar quantas histórias quiser, porém, apenas uma delas poderá ser escolhida. A temática é livre e não precisa ser relacionada à Estrada de Ferro. Pode ser um romance, uma comédia, uma aventura, um drama, uma lenda, um causo sobrenatural, um suspense, algo nascido da imaginação ou baseado em um acontecimento real, ou ainda uma memória de família. E cada história deverá ter um(a) único(a) autor(a). A história será transformada em uma ficção ou em um documentário, pelo(a) próprio(a) selecionado(a), com todo o suporte dos profissionais e de equipamentos do projeto.

Para se inscrever, não precisa ter experiência anterior na área audiovisual. Quem já foi selecionado em uma das edições do concurso não poderá participar novamente. Serão escolhidas as sete melhores histórias a partir de critérios como a originalidade e o interesse gerado pela temática.
O objetivo é possibilitar aos moradores das cidades que se desenvolveram ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas a oportunidade de contar histórias e transformar em filme, registrando as memórias, os costumes, os hábitos, as lendas e as peculiaridades destas localidades, contribuindo para o fortalecimento territorial e comunitário.
Depois de conferir o regulamento, o (a) autor (a) deve preencher o formulário de inscrição, anexar a história e cópia dos documentos (CPF, RG e comprovante de residência), via online, ou enviar em um mesmo envelope o formulário preenchido e assinado, cópia do RG, CPF e comprovante de residência através dos Correios para o endereço: Projeto Curta Vitória a Minas IV – Instituto Marlin Azul – Rua Oscar Rodrigues de Oliveira, nº 570 – Jardim da Penha – Vitória (ES) – CEP: 29.060-720.
O que acontece com as histórias escolhidas e com seus autores
Os selecionados se juntarão a profissionais do cinema e da televisão durante uma imersão de 15 dias para aprender como transformar sua história em filme. Serão aulas expositivas e práticas de roteiro, direção, produção, direção de fotografia, som, direção de arte, edição, finalização, mobilização comunitária e direito autoral.
Após o curso de formação, cada autor (a) voltará para a cidade de origem para organizar a pré-produção das gravações dos filmes, envolvendo a comunidade. Com tudo pronto para gravar, os autores contarão com o suporte de equipamentos de captação de imagens e de som, a orientação e a participação de uma equipe de profissionais audiovisuais, além do envolvimento de moradores em funções técnicas, artísticas e de apoio.
Na etapa da montagem, os autores vão contar com editores e finalizadores de imagem e som. Depois que as histórias virarem filmes, é hora de exibir as ficções e documentários numa telona montada em ruas e praças das cidades durante sessões abertas e gratuitas para as comunidades. As obras seguirão ainda para a etapa de inscrições em mostras e festivais de cinema e, ao final deste processo, serão publicadas no site do projeto (curtavitoriaaminas.com.br) para multiplicar de forma continuada o acesso aos conteúdos por novos públicos. O prazo de inscrições vai até 15 de setembro.
Conheça o histórico do projeto
A primeira edição do Curta Vitória a Minas foi lançada em 2014 e resultou na produção das obras (em exibição no site do projeto): “Vovó, o Trem e Eu”, de Eloisa Ribeiro, de Fundão (ES); “O Segredo de Giuzzeppe”, de Nilma Scarpati, de Ibiraçu (ES); “A Seta do Galo, o Terrível”, de Sandra Mazzega, de João Neiva (ES); “O Som do Silêncio”, de Juliana Brêda, de Colatina (ES); “O Trem do Amor”, de Vanda Berger, de Baixo Guandu (ES);”Estranha Criatura”, de Rosângela Iglesias Pereira, de Aimorés (MG); “Os Primos do Mundo”, de Leonardo Bernardino, de Resplendor (MG); “Deslizando nos Trilhos”, de Ely Moreira da Costa, de Conselheiro Pena (MG); “O Mistério do Caboclo”, de Denilson Patrício, de Tumiritinga (MG); “Contos Ferroviários”, de Everton Villaron de Souza, de Governador Valadares (MG); “Expedição Rio Doce”, de Vitor Augusto de Oliveira, de Periquito (MG); “Recortes”, de Sebastião Nascimento, de Belo Oriente (MG); “Memórias de um Casarão”, de Josias Rodrigues Figueiredo, de Antônio Dias (MG); “Triste Sina, Triste Cena”, de Maria Lenice de Oliveira Sá, de Santana do Paraíso (MG) e “A Carta”, de Márcio Firmo, de Nova Era (MG).
Lançada em 2022, a segunda edição culminou na realização dos curtas-metragens: “Reciclando Vidas e Sonhos”, de Ana Paula Imberti, de Ibiraçu (ES); “O T-Rex e a Pedra Lascada”, de Luan Ériclis Damázio, de João Neiva (ES); “O Último Trem”, de Fabrício Bertoni, e “Colatina, a Princesa do Rock”, de Nilo Tardin, ambos de Colatina (ES); “Um Ponto Rotineiro”, de Jaslinne Pyetra, de Baixo Guandu (ES); “Lia, Entre o Rio e a Ferrovia”, de Elisângela Bello, de Aimorés (MG); “Santa Cruz”, de Rita Bordone, de Ipatinga (MG); “Um Olhar para a Maternidade”, de Patrícia Araújo, de Coronel Fabriciano (MG); “Holerite”, de Ademir de Sena, de Naque (MG); e “Bicicleta Envenenada”, de Luciene Crepalde, de Nova Era (MG).
O ano de 2023 abriu caminho para o lançamento da terceira edição do projeto. Os curtas-metragens produzidos desta vez foram: “As Cercas”, de Otávio Luiz Gusso Maioli, de Ibiraçu (ES); “A Casa Sinistra”, de Marisa de Almeida Silva, de Colatina (ES); “Um Rio de Histórias”, de Márcia Cristina Cândido Cruz, de Conselheiro Pena (MG); “Escasso”, de Pedro Vinícius Siqueira Batista, de Governador Valadares (MG); “A Velha do Rio”, de Levi Braga de Souza, de Governador Valadares (MG); “Boi Balaio”, de Mauro dos Santos Júnior, de Belo Oriente (MG); “O Pássaro”, de Luzia de Resende Mendes, de Ipatinga (MG); “Mundaréu”, de Ana Paula Gonçalves Pires, de Coronel Fabriciano (MG); “Revelações de Carnaval”, de Sandra Maura Coelho, de Nova Era (MG); e “Me Disseram que Sou Negra”, de Alexsandra Mara Felipe Fernandes, de João Monlevade (MG).
Saiba mais sobre o Instituto Marlin Azul
O Instituto Marlin Azul é uma associação sem fins lucrativos criada em 1999 cuja finalidade é promover ações direcionadas à cultura, à arte e à educação, democratizando o acesso à produção e fruição de bens culturais. Em 26 anos de atividade, a instituição vem desenvolvendo diversos projetos sociais, culturais e audiovisuais voltados para diferentes públicos do Espírito Santo e do Brasil. Além do Curta Vitória a Minas, a instituição desenvolve ações como o Revelando os Brasis, o Projeto Animação, o Cine Animazul, o Cine Quilombola, o Cinema de Griô, os Griôs de Goiabeiras, o Memória do Barro e o Som na Sexta. Para conhecer os projetos, acesse institutomarlinazul.org.br.