O Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) tem recebido diversas denúncias relacionadas à atuação de profissionais de Enfermagem auxiliando em cirurgias, uma prática que é proibida pela legislação vigente. Casos identificados por meio da fiscalização ou que apresentem fortes indícios dessa atividade são encaminhados para processos éticos, uma vez que essa função é exclusiva dos médicos, conforme estabelecido pela Resolução Cofen nº 280/2003.

É importante destacar que, embora a atividade de auxiliar em cirurgia seja proibida para profissionais de Enfermagem, há uma exceção para casos de urgência, onde há risco iminente e grave à vida.

Diferença entre “auxiliar” e “instrumentador” cirúrgico

O Coren-ES também esclarece a diferença entre “auxiliar de cirurgia” e “instrumentador cirúrgico”. No caso de um “auxiliar”, o profissional participa ativamente do procedimento, realizando tarefas como lavar cavidade ou até mesmo realizar suturas, o que é ESTRITAMENTE PROIBIDO para a Enfermagem. Por outro lado, o “instrumentador” prepara os instrumentos e os passa ao cirurgião conforme a necessidade, uma função regulamentada e permitida para profissionais de Enfermagem habilitados.

Conscientização e prevenção

Para o Coren-ES, o objetivo principal não é apenas punir, mas conscientizar os profissionais sobre a importância de respeitar as prerrogativas legais da profissão. “Os nossos fiscais realizam visitas educativas a hospitais, clínicas e comissões de Enfermagem, buscando conversar com os responsáveis e evitar que práticas irregulares resultem em processos éticos”, destacou o presidente Wilton José Patrício.

Orientação aos profissionais de Enfermagem

O Coren-ES orienta todos os profissionais de Enfermagem a se recusar a atuar como auxiliares em cirurgias, uma vez que isso configura exercício ilegal da profissão. Não há necessidade de receio, pois os profissionais têm o respaldo legal necessário para se protegerem de práticas irregulares e não autorizadas.