A prestação de serviços no Espírito Santo expõe um problema que se agrava a cada ano. Os dados do Procon mostram que o consumidor capixaba enfrenta diariamente cobrança indevida, serviço mal executado, contratos desrespeitados e atendimentos que empurram a solução para depois. Essa rotina desgasta o cidadão e evidencia que muitas empresas ainda não compreendem o básico da responsabilidade com o cliente.

Com o avanço da tecnologia, cresce a expectativa de agilidade e eficiência. No entanto, a realidade no Estado segue em sentido oposto. As operadoras de telefonia continuam liderando as reclamações, enquanto bancos, concessionárias de energia e serviços digitais mantêm índices elevados de queixas. A sensação de desamparo aumenta porque as falhas se repetem, e as empresas não adotam medidas efetivas para corrigir problemas conhecidos.

À medida que os conflitos se multiplicam, o Procon se transforma em último recurso para o capixaba. As queixas revelam que o consumidor precisa reunir provas, insistir em protocolos e aguardar prazos longos para uma solução que deveria ser imediata. Esse cenário destaca a fragilidade da fiscalização e a lentidão das respostas institucionais que deveriam proteger o cidadão.

Diante desse quadro, cresce a necessidade de ações mais firmes e de políticas que responsabilizem empresas que insistem em práticas abusivas. O Espírito Santo não pode continuar convivendo com serviços que ignoram direitos básicos e tratam o consumidor como obstáculo, e não como prioridade.