A Justiça do Espírito Santo acolheu denúncia do Ministério Público Estadual (MPES) e tornou 12 pessoas rés pela participação no assassinato do vereador Leomar Cazotti Mandato (PV), de 43 anos, ocorrido no dia 30 de agosto de 2024, em Governador Lindenberg, no Noroeste capixaba. O crime aconteceu durante um evento político, enquanto o parlamentar, que era candidato à reeleição, fazia campanha.

A decisão foi proferida pela juíza Roberta Holanda de Almeida, da 1ª Vara Criminal de Colatina, na última sexta-feira (25). Com isso, o processo entra na fase de instrução criminal.

Réus com prisão preventiva decretada:

1. Warley Casagrande Nascimento
2. Maycon Oliveira Trarbach
3. Leandro Ferreira de Melo (preso em São Carlos, SP)
4. José Augusto Ferreira de Melo

Todos, com exceção de Leandro, encontram-se custodiados no sistema prisional capixaba.

O MPES solicitou também a prisão de Reinaldo de Oliveira, mas o pedido foi negado sob argumento da magistrada de que “pontos fundamentais da suposta participação de Reinaldo nos fatos carecem de maiores esclarecimentos.”

Réus que responderão em liberdade, com medidas cautelares:

1. Reinaldo de Oliveira
2. Gleydstone Oliveira Rodrigues do Amaral
3. Sérgio Soares Rodrigues
4. Leonardo Lima Trarbach
5. Flávio Trarbach
6. Leopoldo do Rosário Hammer
7. Wagner Oliveira Goes
8. Guilherme Koehler Endlich

Esses oito réus deverão cumprir medidas cautelares, como:

• Proibição de frequentar comícios e eventos políticos
• Proibição de manter contato com testemunhas e outros acusados não familiares
• Apresentação mensal em juízo
• Proibição de deixar a cidade sem autorização judicial

Ministério Público detalha papel de parte dos acusados

Na denúncia, o Ministério Público aponta Maycon Oliveira Trarbach como coordenador logístico do crime, atuando no planejamento junto com Warley Casagrande Nascimento e Reinaldo de Oliveira. Os executores seriam Leandro Ferreira de Melo e José Augusto Ferreira de Melo.

A juíza destacou na decisão os indícios da participação de Maycon, como registros de contato telefônico com outros acusados antes e depois do crime e dados de localização geográfica, que comprovam deslocamentos suspeitos entre a Grande Vitória e Governador Lindenberg.

Quanto a Warley, a magistrada ressaltou que ele tentou guardar sua arma de fogo logo após o crime, o que levantou suspeitas. Já Leandro e José Augusto foram reconhecidos por testemunhas oculares como possíveis autores dos disparos, e Leandro teria ligação direta com a motocicleta usada no homicídio.

O envolvimento dos demais réus não foi detalhado na decisão, mas todos foram incluídos na ação penal com base nos elementos apresentados pelo MPES.

FONTE: ES FALA