
A chegada do período natalino gera uma corrida de consumidores aos supermercados, feiras e ao tradicional Mercado Central de Belo Horizonte, para garantir os itens da ceia de Natal. A busca principal é pelo bacalhau, geralmente uma das estrelas da mesa natalina. Frente à inflação de alguns produtos, principalmente no peixe norueguês, os vendedores buscam alternativas para manter preços competitivos aos consumidores em meio à alta demanda.
Uma pesquisa da VR, empresa de soluções para trabalhadores e empregadores, mostrou que o item da ceia de Natal com a maior inflação foi justamente o bacalhau, com uma alta de 84,7% – o preço saltou de R$ 61,59 em novembro de 2024 para R$ 113,36 em novembro de 2025. A VR analisou mais de 13 milhões de notas fiscais escaneadas no SuperApp VR entre 2024 e 2025. Os números se baseiam em preços médios por quilos ou unidades, conforme o produto.
Já a Banca Santo Antônio, também no Mercado Central, se responsabiliza pela própria logística dos produtos, o que contribuiu para o local conseguir ao menos segurar os preços do bacalhau praticados na quaresma deste ano. Atualmente a R$ 99 o quilo, preço do bacalhau saithe subiu apenas 4% em comparação ao Natal de 2024.
“A procura realmente aumenta muito nessa época do ano e a expectativa nossa realmente foi atendida. A nossa venda está com um volume bem grande”, afirmou Rafael Igino da Silva, proprietário da Banca Santo Antônio. “E acho que mais por conta de preço, porque hoje a gente consegue às vezes entregar para o cliente o produto já limpo, com um custo-benefício bem próximo do supermercado, mas com a qualidade um pouco superior”, complementa.
Já a Banca Santo Antônio, também no Mercado Central, se responsabiliza pela própria logística dos produtos, o que contribuiu para o local conseguir ao menos segurar os preços do bacalhau praticados na quaresma deste ano. Atualmente a R$ 99 o quilo, preço do bacalhau saithe subiu apenas 4% em comparação ao Natal de 2024.
“A procura realmente aumenta muito nessa época do ano e a expectativa nossa realmente foi atendida. A nossa venda está com um volume bem grande”, afirmou Rafael Igino da Silva, proprietário da Banca Santo Antônio. “E acho que mais por conta de preço, porque hoje a gente consegue às vezes entregar para o cliente o produto já limpo, com um custo-benefício bem próximo do supermercado, mas com a qualidade um pouco superior”, complementa.
Preço do bacalhau tem pesado no bolso do consumidor. Foto: Fred Magno/O Tempo
O desempenho das vendas até então tem ficado dentro da expectativa da Banca Santo Antônio e Rafael vê com otimismo a movimentação até a virada do mês – podendo até mesmo superar ao realizado no ano passado.
“O saithe aumentou muito a demanda, justamente porque o bacalhau do Porto é um bacalhau mais caro. Então o brasileiro conseguiu adaptar o gosto dele pro Bacalhau sithe, apesar é um bacalhau de sabor mais forte, mais imponente, ele vai te dar o mesmo resultado que seria do bacalhau do Porto”.
Já na banca Ananda, os preços dos itens da ceia de Natal estão idênticos ao mesmo período do ano passado, afirmou o vendedor Eduardo Campos, enquanto as vendas até agora ainda estão com um movimento um pouco menor. A esperança fica para mais próximo da data natalina de fato. “A tendência é de melhora, pois há muita pesquisa de preços. O consumidor deixa sempre para última hora”, pontuou.
O que subiu?
A pesquisa da VR mostra que os preços de outras proteínas também subiram. O lombo suíno aumentou 18%, de R$ 37,56 para R$ 44,33; as aves festivas, como Chester e Fiesta, registraram alta de 16,9%, de R$ 91,67 para R$ 107,18; e o tradicional peru, por seu turno, sofreu uma variação positiva de 2,4%, de R$ 112,31 para R$ 114,99.
Já o panetone e chocotone subiram 6,4% e as uvas passas observaram a alta mais significativa da pesquisa, com 7,6%. Os preços do vinho e do espumante aumentaram 1,5%, enquanto a variação do leite condensado, utilizado nas sobremesas, foi ainda menor, de 1,3%. A farofa apresentou estabilidade, com um aumento de apenas 0,3%.
As quedas
Por outro lado, a pesquisa da VR mostra que o tender caiu 11,3%, de R$ 50,44 para R$ 44,73 e o azeite, produto que sofreu uma forte inflação nos últimos anos, dessa vez surpreendeu. O insumo extraído da azeitona registrou a maior queda entre todos os itens analisados no levantamento, com uma redução de 23,8%.
O preço do pernil observou leve queda, de 1,9%, e caiu de R$ 31,80 para R$ 31,17, enquanto a lentilha, recuou 7,6%, de R$ 10,73 para R$ 9,91.
FONTE: O TEMPO
