Clássicos e gourmet: sanduíches ganham novas leituras nos cardápios do ES

No embalo do Dia do Sanduíche, celebrado em 3 de novembro, chefs apostam em releituras que vão do croque monsieur ao hambúrguer artesanal

- Croque Monsieur. Foto: Caçarola Bistrot/Acervo

Presente no cotidiano de milhões de pessoas, o sanduíche continua se reinventando. De lanches rápidos a pratos sofisticados, ele mantém o posto de uma das refeições mais democráticas do mundo. Com a chegada de 3 de novembro, data que celebra o Dia do Sanduíche, chefs e restaurantes aproveitam para destacar versões clássicas e criações autorais que unem tradição e sabor.

Embora colocar recheio entre fatias de pão seja um hábito antigo, a origem do nome remonta a 1762, quando o 4º Conde de Sandwich, na Inglaterra, teria pedido carne entre duas fatias de pão para não interromper uma partida de cartas. A ideia se popularizou e ganhou o mundo.

Hoje, o preparo aparece em versões que combinam técnica e afeto. No Caçarola Bistrot, em Vitória, a chef Bia Delmaestro destaca que o segredo está na harmonia dos ingredientes. “O sanduíche é versátil e tem espaço tanto no cardápio de um café quanto no de um jantar especial”, afirma.

Croque monsieur

Croque Monsieur do Caçarola Bistrot

Croque Monsieur. Foto: Caçarola Bistrot/Acervo

Entre as receitas tradicionais que conquistaram espaço nos cardápios capixabas está o croque monsieur, criado por volta de 1910 nos cafés parisienses. O clássico combina pão, queijo Gruyère, presunto e molho béchamel gratinado — e chegou a ser citado por Marcel Proust em 1919, no livro À sombra das raparigas em flor.

No Caçarola, o sanduíche é servido na “L’heure du Thé”, de terça a sábado, das 14h às 17h. A chef ensina que o segredo está no molho: “Ao adicionar o leite gelado, é preciso misturar bem com o batedor para não empelotar. E uma pitada de noz-moscada dá o toque especial”, explica. A versão com ovo frito ou poché, o croque madame, também é destaque no menu.

Hambúrguer

O hambúrguer, outro símbolo da culinária mundial, tem uma história que remonta ao Império Mongol, no século XII. As tribos de Genghis Khan moldavam carne moída para facilitar o transporte e o consumo em longas jornadas. Séculos depois, imigrantes alemães levaram a receita a bordo dos navios que partiam de Hamburgo para os Estados Unidos — daí o nome “Hamburg steak”.

Inspirada nesse clássico, Bia Delmaestro criou o X Burguer Maison, feito com pão de fermentação natural, carne de novilha, queijo holandês e maionese de mostarda Dijon. O prato é servido no almoço, no jantar e também no chá da tarde, acompanhado de salada orgânica ou batata frita.

Sabor que não sai de moda

Do croque monsieur ao hambúrguer artesanal, o sanduíche se mantém como símbolo da praticidade — e da criatividade — na gastronomia. Em comum, todas as versões preservam o que fez do lanche um sucesso mundial: simplicidade, sabor e infinitas possibilidades de combinação.

“É um prato que atravessa o tempo sem perder o encanto”, resume Bia Delmaestro. “Um bom sanduíche é aquele que desperta memórias, mas sempre deixa espaço para o novo.”

FONTE: ES 360