
O céu brasileiro será palco de um dos fenômenos astronômicos mais aguardados do ano: a chuva de meteoros Orionídeas, que atinge seu pico de visibilidade entre as madrugadas de terça (21) e quarta-feira (22). O evento poderá ser visto a olho nu, sem necessidade de telescópio ou binóculo, em todo o país — desde que o céu esteja limpo e longe da poluição luminosa.
Fenômeno vem do cometa Halley
A chuva de meteoros Orionídeas é formada por fragmentos deixados pelo cometa Halley, que cruzou o Sistema Solar pela última vez em 1986. Todos os anos, entre outubro e novembro, a Terra atravessa a trilha de detritos deixada por ele, produzindo o espetáculo luminoso visível no céu noturno.
O nome “Orionídeas” se deve à constelação de Órion, de onde os meteoros parecem surgir. Os fragmentos entram na atmosfera terrestre a uma velocidade de cerca de 66 quilômetros por segundo, deixando rastros brilhantes que riscam o firmamento.
Quando e como observar
O pico de atividade está previsto entre a meia-noite e o amanhecer dos dias 21 e 22 de outubro, quando será possível observar de 15 a 20 meteoros por hora, segundo a Nasa e o Observatório Nacional.

O fenômeno será visível em todo o Brasil, especialmente nas regiões com céu limpo e pouca iluminação artificial. Para ter uma boa experiência:
- Procure um local aberto e escuro, como praias, áreas rurais ou mirantes;
- Deite-se ou recline o corpo para ter amplo campo de visão do céu;
- Aguarde alguns minutos para que seus olhos se acostumem à escuridão;
- E, se possível, leve um cobertor ou cadeira de observação para maior conforto.
Não é preciso olhar diretamente para a constelação de Órion, já que os meteoros podem cruzar o céu em diferentes direções.
Espera-se espetáculo visível a olho nu
Mesmo sem equipamentos, a observação a olho nu é suficiente para acompanhar o fenômeno. Binóculos ou telescópios não são recomendados, pois restringem o campo de visão.
Astrônomos ressaltam que o brilho da Lua quase cheia pode reduzir um pouco a quantidade de meteoros visíveis, mas as Orionídeas continuam sendo uma das chuvas mais belas e intensas do calendário astronômico.
Próximo grande evento
Depois das Orionídeas, a próxima grande chuva de meteoros visível no Brasil será a Leônidas, em novembro, seguida das Geminídeas, em dezembro, que costumam fechar o ano com um dos maiores números de meteoros por hora.