
Servidão da caridade para o próximo representa moeda de troca que, entre os antigos povos gauleses, era tida como “emprestar dinheiro para ser reembolsado no outro mundo”. Ou seja, a caridade de servir, de ajudar, de fazer o bem para o próximo representa um modo de criar uma espécie de poupança para quando não mais estivermos no plano dos encarnados.
Ou seja, quando já tivermos feito a derradeira viagem para o plano dos espíritos e assim, poderemos conhecer os resultados das escolhas em vida. Assim, existe herança para depois do túmulo e a continuidade da existência impõe responsabilidade, trabalho e ética. Colher o que se plantou significa a lei da justiça divina e da continuidade para o não desperdício. Também é um modo de incentivar o crescimento pessoal por meio do livre arbítrio e de suas consequências.
A capacidade de decidir corretamente, seja por meio dos pensamentos, vontade e sentimentos possibilita afinar o indivíduo com aquilo que o atrai. É propício o alinhamento com os desígnios superiores como uma forma de errar cada vez menos. Por isso, orar e ter as boas influências configura importante etapa na maturidade do ser.
Não estamos a sós, tampouco vivemos apenas no plano físico. Há leis cósmicas universais que permeiam o indivíduo, mesmo que este não o reconheça de imediato. Apenas quem conhece os segredos imateriais consegue agir com liberdade maior. Por outro lado, quem se esconde através dos véus da ignorância apenas reflete sua necessidade de ir adiante, de vencer seu primeiro inimigo: o seu próprio ego.