Capixaba no Pódio : Hugo Cibien vai ao pódio na 7ª Etapa da Copa Truck 

No Circuito dos Cristais, o piloto capixaba ‘deu seu jeito’ e conquistou seu 4º pódio no “Campeonato dos Brutos”

- Hugo Cibien_Copa Truck 2025_Curvelo_Crédito Foto: Wanderley Soares

Uma equação que junta resiliência e velocidade não é fácil de resolver, mas Hugo Cibien deu seu jeito e saiu de Curvelo (MG), onde foi disputada nesse fim de semana a sétima de nove etapas da temporada 2025 da Copa Truck, subindo mais uma vez ao pódio.

Na primeira corrida, largando da quinta posição, o capixaba teve que administrar o fato de estar com pneus novos – que na Copa Truck, diferentemente da maioria das categorias do automobilismo, é um problema, já que os pneus comuns só chegam ao auge da performance quando vão ficando carecas, mais parecidos com pneus de corrida para pista seca, os slicks.

Logo na segunda volta, um toque de corrida com um adversário fez o Volvo número 92 da Vannucci Racing passar a escorregar e perder performance, problema que perdurou pelas duas corridas do domingo.

“Para minha condição de pneus, que perdia entre oito décimos e um segundo por volta, largar na quinta posição do grid estava bom, porque os caminhões da frente estavam mais rápidos e o sexto era mais que esse um segundo mais lento. Na corrida, com calor, desgaste de equipamento e disputas, a história era outra: poderíamos escalar mais as posições. Mas, logo na segunda volta, numa disputa com o Leo Rufino, houve um toque e meu pneu traseiro esquerdo começou a roçar muito na carenagem. Saía fumaça, o caminhão escorregava, eu perdia tração nas saídas de curva e achei que o pneu tinha furado”, disse o piloto que corre com patrocínio de Extrabom Supermercados, Engesolda e Placas do Brasil através da Lei de Incentivo ao Esporte Capixaba (LIEC), além de Grupo Vannucci, IABV e Chipi Implementos.

Cibien acabou a primeira corrida em sétimo, o que pela regra de grid invertido para as oito primeiras posições, lhe dava a segunda posição na segunda corrida. Ele manteve essa posição na largada, brigou pela vitória até a última volta com o companheiro de equipe Rodrigo Taborda, e acabou ultrapassado por Nic Giaffone em cima da linha de chegada, recebendo a bandeira quadriculada em terceiro, a 54 milésimos de segundo de Giaffone. 

“Na verdade, meu problema não era o pneu furado, mas o tanque de combustível furou, e estava jogado diesel nos dois pneus traseiros. Por isso ficava tão escorregadio. Inclusive se não tivessem duas bandeiras amarelas longas, com o safety car na pista, eu não teria combustível para acabar a segunda corrida. Meu ritmo de corrida era mais rápido que o Taborda na segunda corrida. Além de ele ser da mesma equipe, o que torna a disputa, vamos dizer assim, mais conservadora, eu não conseguia tracionar principalmente na curva zero, importante para concretizar as ultrapassagens “mais tranquilas”. Como o Taborda estava mais lento e me segurando, o pessoal de trás veio chegando, no finzinho minha condição era crítica. Faltaram pouco metros para assegurar a segunda colocação, mas devido às circunstâncias, subir ao pódio em terceiro lugar foi um resultado muito bom. Quem vê a foto da traseira do meu caminhão ao fim da corrida, toda melada de óleo diesel, não acredita que eu cheguei ao fim, muito menos ao pódio”, concluiu.