Calor extremo exige medidas para proteger a produção agrícola no ES

Altas temperaturas persistem no Estado, e especialista orienta sobre estratégias para minimizar impactos no campo

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O verão está próximo do fim, mas o calor intenso continua sendo um grande obstáculo para a agricultura capixaba. Em várias regiões do Estado, os termômetros seguem próximos dos 40°C, prejudicando o desenvolvimento das lavouras e exigindo medidas eficazes para amenizar os impactos. Entre os dias 13 e 24 de fevereiro, mais uma onda de calor atingiu o Espírito Santo, agravando a situação e reforçando a necessidade de estratégias de adaptação no campo.

Segundo previsões meteorológicas, as temperaturas podem continuar acima da média até o outono, afetando diretamente a produtividade e a renda dos produtores rurais. O engenheiro agrônomo e diretor da Hydra Irrigações, Elídio Torezani, alerta para os prejuízos causados pelo calor excessivo.

“As plantas enfrentam dificuldades para equilibrar a reposição de água, levando à desidratação e ao bloqueio do crescimento. Esse estresse térmico compromete a produção e reduz a qualidade dos alimentos, causando perdas financeiras significativas”, explica Torezani.

Mesmo com irrigação, é essencial um manejo eficiente para evitar desperdício de água e garantir a sustentabilidade. “É fundamental que os agricultores adotem tecnologias e práticas adequadas para lidar com as condições climáticas extremas e otimizar os recursos disponíveis”, ressalta o especialista.

Alternativas para reduzir os impactos do calor

Diante desse cenário desafiador, algumas medidas podem ajudar a proteger as lavouras e minimizar os efeitos negativos das altas temperaturas:

  • Uso de tecnologias e práticas sustentáveis: Métodos modernos ajudam a melhorar a retenção de umidade e eficiência na irrigação.
  • Conservação do solo: Manter cobertura vegetal adequada reduz a perda de água e protege as raízes.
  • Estratégia para plantio do café: Em áreas inclinadas, o plantio deve seguir as curvas de nível para minimizar a erosão e preservar a umidade.
  • Gestão eficiente da irrigação: Aplicação precisa da água evita desperdícios e mantém o equilíbrio hídrico do solo.
  • Manutenção preventiva de equipamentos: Inspeções regulares nos sistemas de irrigação garantem um funcionamento eficiente e reduzem falhas operacionais.

Além disso, Torezani destaca que o enfrentamento desses desafios climáticos vai além do campo. Segundo ele, o impacto do clima na produção reflete na economia e na segurança alimentar, tornando essencial o uso de estratégias eficazes para garantir a produtividade e minimizar prejuízos.