A irmã de um estudante de 11 anos denunciou um caso ocorrido durante o “Dia do Cabelo Maluco” em uma escola de Vitória. Segundo Karol Brandão, o irmão, que é autista, participou da atividade com um penteado temático de “fundo do mar”. Após a apresentação, ele relatou à professora que sentia dor na cabeça.

De acordo com o depoimento, a professora teria cortado o cabelo do menino sem autorização da família. “Em momento nenhum a escola ligou para minha mãe buscá-lo”, afirmou Karol. Ela contou ainda que o aluno pediu para que a professora parasse, dizendo que estava sentindo dor, mas ouviu como resposta: “Você é homem, você aguenta.”

A irmã relata que, desde o episódio, o menino está careca pois precisou raspar a cabeça para acertar o corte que foi feito sem a autorização. Karol contou que com a situação, o menino não quer mais ir à escola. “Não podemos forçá-lo para que não fique agitado”, disse. A família afirma que até o momento nem a unidade escolar nem a Secretaria de Educação ofereceram suporte adequado, mesmo cientes de que se trata de uma criança com deficiência.

Karla afirmou ainda que registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

O que diz a Prefeitura

A Secretaria Municipal de Educação de Vitória (Seme) lamentou o ocorrido e informou que está prestando todo o suporte necessário à criança e à família. O caso está sendo acompanhado pela equipe técnica da secretaria.

Segundo apuração preliminar, “com o objetivo de aliviar o desconforto relatado pelo estudante, a servidora retirou os adereços que estavam presos com cola ao cabelo, sem o uso de tesoura ou qualquer outro material cortante”.

A Seme destacou que todas as situações envolvendo estudantes são tratadas com seriedade, acolhimento e respeito, especialmente quando envolvem o bem-estar de crianças e adolescentes. A rede municipal reafirmou ainda o compromisso com uma educação pautada pelo cuidado, diálogo e fortalecimento de vínculos no ambiente escolar.

FONTE: ES360