Borgo entre obras e escândalos: quando a vitrine vira vidraça em Vila Velha

Arnaldo Borgo chegou à Prefeitura de Vila Velha prometendo modernização, obras espalhadas pelos bairros e uma gestão que faria história. Cumpriu parte disso, é verdade: deixou marcas em várias regiões da cidade. Mas a mesma vitrine que exibia seus feitos também virou vidraça — frágil diante de polêmicas, denúncias e ruídos políticos que desgastaram seu governo.


O lixo político que sujou a gestão

Nenhum problema foi tão simbólico quanto a crise da coleta de lixo. Contratos questionados, serviço contestado e denúncias de favorecimento fizeram com que a sujeira não fosse apenas nas ruas, mas também na política. O episódio consolidou a narrativa de que Borgo administrava com pouco zelo na transparência.


Cargos, cargos e mais cargos

Outro ponto que irritou a população e deu munição à oposição foi o festival de cargos comissionados. Para críticos, tratava-se de puro loteamento político. Para Borgo, governabilidade. No fim, a imagem que pegou foi a de um governo inchado, refém de acordos partidários.


A Câmara como palco do desgaste

Borgo nunca conseguiu domar a Câmara Municipal. Conflitos, embates e sessões recheadas de acusações revelaram um prefeito centralizador e pouco afeito ao diálogo. Até vereadores da própria base reclamaram do estilo de governar, ampliando o isolamento político.


Obras manchadas pela desconfiança

Mesmo os projetos de revitalização, que poderiam render dividendos políticos, foram contaminados por suspeitas de favorecimento em contratos. A oposição não perdeu a chance de apontar o dedo e transformar a conquista em dúvida.