Blogueira apanha de atendente de fast-food: “Fale baixo, ridícula”

Após a discussão, a funcionária teria desmaiado e teve de ser atendida pelo Samu. Elas foram levadas à delegacia para prestar depoimento

- Reprodução/Instagram

Uma influenciadora digital publicou um vídeo nas redes sociais relatando que teria sido agredida por uma funcionária de uma loja de fast-food localizada no Boulevard Shopping, em Feira de Santana, município localizado a 103 km de Salvador (BA).

Além de narrar a suposta briga, que teria ocorrido em 9 de setembro, a mulher, identificada como “Lay Sousa” publicou um compilado de imagens da confusão. Ela diz ter sido atingida por um tapa no rosto.

Segundo Lay, que tem cerca de 17 mil seguidores nas redes sociais, ela saiu de casa rumo ao shopping na companhia da irmã para ir ao cinema e, no local, teria pedido um combo de lanches do MCDonald’s, por meio do aplicativo. A briga teria ocorrido no momento em que ela se dirigiu ao balcão do restaurante para resgatar o pedido.

“Dei boa noite e pedi para ela ver se meu pedido estava pronto e ela: ‘Aguarde, senhora, que é por ordem de chegada’. Eu falei com ela: ‘Eu pedi pelo aplicativo, a minha ficha é 504, você já tá chamando a 544. Eu queria saber se o meu pedido chegou aqui (sic)’”, depois disso, segundo Lay, a agressão física teria ocorrido.

“Ela disse: ‘Fale baixo!’ Aí eu disse: ‘Fale baixo comigo você, ridícula!’ Aí ela já foi e deu um tapa na minha cara (sic)”, relatou.

Em seu pronunciamento, Lay aponta que, na internet, circulam vários vídeos que mostram a agressão. No registro compartilhado por ela, é possível ouvir quando uma mulher, que estava na praça de alimentação no momento da confusão, se declara testemunha.

Depois do tapa, a funcionária teria passado mal e desmaiado. Diante disso, equipes de socorro foram acionadas. “Depois disso ter acontecido, a vítima, porque ela se fez de vítima, desmaiou, sem eu nem tocar nela. Aí chegou ambulância, bombeiro, segurança do shopping e polícia.”

A mulher agredida diz que esperou uma hora até que a funcionária conseguisse seguir para a delegacia. “Fiquei uma hora esperando a ‘Bela Adormecida’ acordar e aí fomos para a delegacia. Prestei boletim de ocorrência e já falei com meu advogado. Aguardem os próximos capítulos que eu vou deixar claro aqui”, finalizou.

“Chegou atacando”

A colaboradora da rede também se manifestou por meio de vídeo. Identificando-se apenas como Alexandra, ela disse que aquele era seu primeiro dia de trabalho e confirmou que acabou demitida após a confusão.

“Ela já chegou atacando, não só eu como minhas outras amigas do trabalho. Eu falei: ‘Senhora, aguarde aí, que é por ordem de chegada’ e ela disse que eu tinha chamado a senha quinhentos e pouco e a dela era 544. Como eu ‘tava’ em processo de treinamento, pedi para ela aguardar, então ela começou a xingar vários nomes”, contou.

Segundo Alexandra, ela pediu para a mulher falar baixo, então Lay teria a chamado de “filha do Exu”. ‘Quando ela disse isso, eu taquei o tapa na cara dela, e aí ela jogou os lanches para cima e me empurrou, eu bati a cabeça na fritadeira e fiquei 1h30 inconsciente e convulsionando”, disse.

De acordo com a atendente, a mulher foi defendida por quem estava presente e ameaçou invadir a cozinha para agredi-la. “Ela falou que eu merecia um bocado de tiros na minha cara, tem vídeos dela me ameaçando”, destacou.

Por fim, Alexandra assumiu que errou em agredir a mulher, mas declarou que “ninguém tem sangue de barata”. “Quero deixar claro que eu não sou qualquer uma, sou de família, trabalho duro. Eu não sabia que ia causar essa gravidade. Errei em ter agredido ela, mas ela errou em ter me xingado.”

À coluna, a Polícia Civil do Estado da Bahia (PCBA) informou que as duas envolvidas foram conduzidas à delegacia, onde prestaram depoimento.

“Dois Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) foram lavrados na Central de Flagrantes (Cenflag/Feira de Santana). Ambas foram ouvidas e liberadas, ficando à disposição do Poder Judiciário”, disse a PCBA por meio de nota.

A coluna acionou o MCDonald’s para questionar quais medidas foram tomadas após o ocorrido. Não houve, no entanto, nenhum retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.

FONTE: METRÓPOLES