Black Friday deve impulsionar corrida por eletrônicos

A Black Friday de 2025 confirma a tendência dos últimos anos: o brasileiro concentra seu consumo em tecnologia, eletrodomésticos e itens de autocuidado, enquanto o varejo projeta um dos finais de ano mais fortes da última década. As principais plataformas de e-commerce registram alta antecipada nas buscas, e a expectativa de crescimento supera o ritmo de 2024.

As pesquisas de mercado indicam que smartphones, TVs, fones Bluetooth e eletrodomésticos continuam liderando a preferência do consumidor, que aposta nos descontos para renovar aparelhos ou antecipar as compras de Natal. Setores como moda, calçados, cosméticos e artigos para casa devem concentrar grande volume de pedidos, enquanto alimentos e bebidas — especialmente vinhos e produtos de ceia — crescem acima da média impulsionados pelos marketplaces.

A estimativa para o dia 29 de novembro, data oficial da Black Friday, aponta faturamento entre R$ 7,5 bilhões e R$ 8 bilhões no país. O número representa avanço de até 14% em relação ao ano passado, reflexo de juros mais baixos, renda em recuperação e do uso crescente de meios de pagamento como Pix Crédito, que facilita o parcelamento sem cartão.

Para o comércio, o impacto vai além do dia promocional. A projeção consolidada para novembro e dezembro indica que o varejo brasileiro deve movimentar entre R$ 78 bilhões e R$ 82 bilhões, somando lojas físicas e vendas online. Só o e-commerce deve ficar entre R$ 26 bilhões e R$ 28 bilhões no período, reforçando a força digital no final do ano.

Com consumidores mais atentos a preço, condições de pagamento e entrega rápida, o cenário favorece tanto grandes plataformas quanto varejistas regionais. A combinação de tecnologia, conveniência e crédito mais acessível promete um final de ano aquecido, capaz de reequilibrar o setor após meses de oscilação na economia.