
O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo reforçou o alerta sobre os riscos de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol.
Até o momento, o estado investiga casos recentes em que a substância foi identificada em destilados consumidos principalmente por jovens adultos.
“Uma bebida alcoólica não teria que ter metanol. Então, com certeza, tem algo errado. A questão é entender a origem disso para poder esclarecer a situação”, disse Eliane Gandolfi, coordenadora do núcleo de toxicovigilância em entrevista à CNN
Segundo a especialista, os sintomas iniciais podem incluir torpor e sensação de efeito alcoólico muito rápido. Em casos mais graves, o metanol pode causar comprometimento neurológico, perda de visão e, se não houver atendimento rápido, danos permanentes.
Quanto mais rápido o atendimento e a administração do antídoto, menores os efeitos complexos e difíceis a pessoa terá.Eliane Gandolfi, Coordenadora do Núcleo de Toxicovigilância do CVS
A coordenadora também reforçou que a população e os bares devem verificar sempre a procedência das bebidas. “O importante é o bar tomar cuidado de onde está adquirindo. A mesma forma a população, quando vai comprar. Procurar verificar se tem lacre e se é original”, afirmou.
Os sintomas da intoxicação por metanol podem variar conforme a quantidade ingerida, mas os primeiros sinais costumam surgir algumas horas após o consumo.
Entre os mais comuns estão torpor, sensação de fraqueza, confusão mental, náuseas, vômitos, dor abdominal e visão turva. Conforme a intoxicação progride, podem surgir sintomas mais graves.
“Melhor seria que não bebessem, mas se vai beber, que procure comprar em lugares idôneos e observar se está lacrado mesmo, para que ela não corra risco de saúde e nem de vida”, finalizou a coordenadora Eliane Gandolfi.
FONTE: CNN