
Pelo menos 30 pessoas ficaram feridas após um ataque de drones russos contra a estação ferroviária de Shostka, na região de Sumy, neste sábado, informou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Um violento ataque de drones russos atingiu a estação ferroviária de Shostka, na região de Sumy. Todos os serviços de emergência estão no local e já começaram a socorrer as pessoas. As informações sobre os feridos ainda estão sendo apuradas”, escreveu ele na rede social X (antigo Twitter).
O presidente ucraniano disse ainda que, até o momento, há “pelo menos 30 vítimas” e que, segundo “relatórios preliminares”, os feridos seriam “funcionários” da empresa estatal Ukrainian Railways e “passageiros”.
“Os russos não podiam deixar de saber que estavam atingindo civis. Este é um ato de terror que o mundo não pode ignorar. Todos os dias, a Rússia tira vidas, e só a força pode detê-los”, destacou Zelensky.
E acrescentou: “Ouvimos declarações firmes vindas da Europa e da América, e é hora de transformá-las em realidade”.
Zelensky também sublinhou que “não basta falar” e que “é necessária uma ação firme” contra a Rússia.
Guerra na Ucrânia? Entrou em “fase mais perigosa”
A invasão russa da Ucrânia, que já deixou mais de 50 mil vítimas entre mortos e feridos — incluindo três mil crianças — “entrou em uma fase ainda mais perigosa e letal para os civis ucranianos”, alertou a ONU na sexta-feira.
Segundo o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, essa fase se caracteriza por “bombardeios contínuos contra escolas, hospitais e abrigos”.
Nos primeiros oito meses de 2025, o número de vítimas aumentou 40% em relação a 2024, informou Turk, acrescentando que, em três anos e meio de conflito, já morreram cerca de 15 mil civis ucranianos, enquanto outros 35 mil ficaram feridos.
“Esta guerra precisa acabar. O custo humano para os civis, para os soldados e para suas famílias é enorme e devastador”, disse Turk em um debate sobre a Ucrânia no Conselho de Direitos Humanos da ONU, ressaltando que todas as negociações e iniciativas de paz “devem dar prioridade à proteção dos civis”.
Vale lembrar que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.