Ataque de piranhas deixa menina de 5 Anos ferida em lagoa de Linhares-ES

Durante o período de reprodução, piranhas atacam banhistas, e criança precisa de 18 pontos após ser mordida.

No último domingo (16), uma menina de cinco anos levou 18 pontos após ser atacada por piranhas enquanto brincava na Lagoa do Durão, em Linhares, no Norte do Espírito Santo. O ataque ocorreu em uma propriedade privada localizada no bairro Córrego Farias, e a causa pode estar relacionada ao período de reprodução das piranhas, quando a espécie se torna mais agressiva.

Além da menina, identificada como Helena Quiuqui Ramos, pelo menos outras cinco pessoas também foram atacadas no mesmo local. Segundo a mãe de Helena, Paloma Quiuqui Ramos, a filha estava brincando quando foi mordida. “Ela estava brincando, foi pegar um refrigerante e, ao voltar, sentiu como se alguém a tivesse beliscado. Quando viu o machucado, começou a chorar”, relatou.

Após o ataque, Helena foi levada ao hospital da cidade, onde recebeu atendimento e foi costurada. Paloma ainda informou que, no mesmo dia, outros banhistas, incluindo crianças e adultos, também foram mordidos.

Em um vídeo enviado à reportagem do g1, é possível ver as crianças brincando momentos antes dos ataques. O carreteiro Charles Valentim, de 43 anos, também foi vítima das piranhas. Ele relatou que, depois que as pessoas retornaram à água, ele e sua esposa foram atacados. “Minha esposa sentiu algo passar pelas pernas, e logo em seguida senti a mordida. Foi um ferimento leve, mas sangrou muito”, contou Charles, que também mencionou que a área do ferimento permanece dormente desde o ataque.

Reação das Autoridades e Proprietário do Local

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Linhares afirmou que não foi notificada oficialmente sobre os ataques, mas enviará uma equipe ao local para investigar a situação. A prefeitura explicou que, durante a piracema, período de reprodução dos peixes, as piranhas se tornam mais agressivas para proteger seus ninhos. A orientação é evitar áreas de águas calmas e turvas, especialmente onde há vegetação nas margens, que são locais de reprodução das piranhas.

O proprietário da propriedade onde ocorreram os ataques, Antônio Moreira, informou que os ataques começaram há cerca de 15 dias e que a situação se agravou recentemente, levando-o a fechar a área de banho para tomar providências. Ele ainda destacou que os ataques não estão ocorrendo apenas no local, mas também em outras áreas próximas.

A prefeitura orientou os proprietários de lagoas de uso público a sinalizarem os locais de risco ou isolarem as áreas de banho com telas, visando garantir mais segurança aos frequentadores.