Aplicativo no ES vai receber denúncia de violência contra mulher

O aplicativo é uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) e já está disponível

- A violência contra a mulher pode ser denunciada por meio de aplicativo do TJES. Foto: (Divulgação)

As mulheres do Espírito Santo ganharam mais um importância aliado contra a violência. O Tribunal de Justiça do Espírito Santo, por meio da Ouvidoria da Mulher, lançou  o aplicativo Ouvidoria da Mulher, um serviço que permite que usuárias relatem à Ouvidoria da Mulher incidentes de violência e abuso.

Pela ferramenta é possível ainda ter informações sobre direitos e recursos legais disponíveis. O app já está em funcionamento e pode ser baixado para celulares Android e iOS.

A desembargadora e Ouvidora do TJES, Rachel Durão Correia Lima, destaca que o App Ouvidoria da Mulher “é mais uma ferramenta à disposição da sociedade, em especial às vítimas de violência doméstica, e contém as mesmas funcionalidades de um atendimento presencial. Todas as informações e solicitações de tramitação de processos e de medidas protetivas serão direcionadas diretamente para a Ouvidoria. É a Ouvidoria na palma da mão”, finaliza.

A interface do aplicativo é projetada para ser intuitiva e acessível, garantindo que mulheres de diferentes contextos sociais e educacionais possam utilizá-lo eficazmente. Além de funcionalidades de relato e informação, o aplicativo proporcionará orientações sobre como proceder em diferentes situações e o encaminhamento para serviços de apoio adequados. O App Ouvidoria da Mulher é fruto de uma combinação de esforços envolvendo diversas áreas do TRE-ES e do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.

Violência

Uma pesquisa recente do Instituto Patrícia Galvão, realizada em parceria com a empresa Consulting do Brasil e apoio do Ministério das Mulheres, revelou que duas em cada dez mulheres no Brasil já foram ameaçadas de morte por parceiros atuais ou ex-parceiros. Esses dados alarmantes evidenciam a gravidade do problema e reforçam a necessidade de medidas eficazes de proteção e acolhimento.

A advogada criminalista e especialista em violência de gênero Layla Freitas explica que essas ameaças são, geralmente, o ponto culminante de um ciclo de violência. Ela costuma começar de forma sutil, com controle emocional e psicológico. As vítimas, muitas vezes, sentem-se inseguras em seus próprios lares, ambientes onde deveriam encontrar proteção.

Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Painel de Monitoramento do Governo estadual, só este ano 31 mulheres foram assassinadas no Espírito Santo, sendo 14 vítimas de feminicídio. O município de Cariacica lidera o ranking, com 5 casos. Em seguida vem Linhares (4), Serra (3) e Vila Velha (3). O número de tentativas de feminicídio soma 44 casos. O maior número de ocorrências foi em Vila Velha, com 6 ocorrências.

FONTE: ES 360