
O Espírito Santo tem mais um motivo para se orgulhar: o estudante Patrick Avelar Santos Silva, do 4º ano do curso técnico em Eletrotécnica no Ifes – campus Vitória, conquistou medalha de prata na Olimpíada Europeia de Física (EuPhO), realizada entre os dias 13 e 17 de junho, na Bulgária.
Com apenas 18 anos, Patrick foi o único capixaba e o único aluno de escola pública a integrar a equipe brasileira na competição, que reuniu cerca de 200 estudantes de 40 países da Europa, Ásia e América Latina.
A EuPhO é uma das mais exigentes competições científicas do mundo, composta por uma prova teórica (60% da nota) e outra experimental (40%). “Fiquei cinco horas resolvendo uma única página de problemas. É um nível de concentração e desafio que a gente não imagina até estar lá”, contou Patrick

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Para alcançar o feito, o jovem dedicou-se a uma rotina intensa de estudos: de 2 a 3 horas por dia resolvendo questões teóricas, simulados aos fins de semana e experimentos práticos por conta própria.
“Todo o meu estudo foi feito por mim mesmo, com livros e com apoio pontual dos professores, em especial do meu orientador Judismar Tadeu Guaitolini. É desafiador, mas também me fez aprender Física de uma forma mais profunda”, afirmou.
Mesmo sem conquistar o tão sonhado ouro, Patrick celebrou com maturidade:
“Tive um preparo de prata e ganhei uma medalha condizente. Cheguei ao meu limite técnico, e não me arrependo de nada. Faria tudo de novo.”
Mais do que números e medalhas, a experiência foi transformadora. Patrick se encantou com a cultura da Bulgária, especialmente com o alfabeto cirílico, as catedrais, sinagogas e a arquitetura local. “Só lamentei não conseguir visitar a montanha Vitosha, ao lado de Sofia”, brincou.
A conquista também será reconhecida oficialmente: Patrick será homenageado pelo deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), ex-aluno do Ifes Vitória, com um certificado de honra ao mérito, por representar com excelência o Espírito Santo e o Brasil em uma competição científica internacional.
“Espero que o meu resultado inspire outros alunos do Ifes, de escolas públicas do Espírito Santo e do Brasil. É possível chegar longe. Só precisamos de apoio, incentivo e acreditar na ciência!”, finalizou Patrick, que agora também sonha com oportunidades em universidades internacionais — e, por que não, novas olimpíadas.