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O caso de uma adolescente de 15 anos surpreendeu os médicos ao ser diagnosticada com uma gravidez avançada sob circunstâncias extremamente incomuns. O caso aconteceu em Lesoto, na África Austral.
O diagnóstico veio após a jovem procurar atendimento hospitalar com dores abdominais intensas. Após exames, os médicos constataram que ela estava em trabalho de parto, apesar de afirmar que não tinha conhecimento da gestação.
Ao examiná-la, os especialistas descobriram que ela possuía uma rara condição chamada atresia vaginal distal, na qual a abertura da vagina está ausente ou obstruída.
Essa anomalia congênita ocorre em aproximadamente um a cada 4 mil nascimentos femininos, segundo um estudo da American Journal of Medical Genetics.
A adolescente havia sido atendida no mesmo hospital cerca de nove meses antes, após ser esfaqueada no abdômen por um homem. O ataque resultou em ferimentos na parede abdominal e no estômago.
Após dar à luz por meio de uma cesariana, ela revelou a uma enfermeira que o agressor era um seu ex-namorado, que a atacou após encontrá-la praticando sexo oral em outro rapaz, seu atual namorado.
Com base nisso, os médicos concluíram que o esperma ingerido poderia ter migrado para o sistema reprodutivo da jovem através das lesões no trato digestivo.
Normalmente, a concepção ocorre quando o esperma entra no sistema reprodutivo feminino pela vagina. No entanto, o estudo aponta que fatores fisiológicos específicos podem ter favorecido a sobrevivência e o transporte do esperma neste caso.
Após uma cesariana de emergência, a jovem deu à luz a um bebê saudável, que, anos depois, apresentava semelhanças físicas com o homem com quem ela mantinha relações antes do ataque.
O caso da “adolescente engravida após fazer sexo oral”, documentado no estudo médico, se tornou um dos poucos relatos conhecidos de gravidez resultante de um trajeto não convencional do esperma.
FONTE: SAMPI