A Liberdade de Expressão Tem Lado?

O Caso Gilvan da Federal e o Silêncio de Schwartsman

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Vivemos tempos onde o discurso público se tornou um campo minado. A depender de quem fala — e não do que é dito — a reação da sociedade, da imprensa e das instituições pode ser de absolvição ou linchamento. O caso do deputado federal Gilvan da Federal, comparado ao do jornalista Hélio Schwartsman, escancara essa distorção. Não estamos falando apenas de liberdade de expressão. Estamos falando da hipocrisia seletiva que a cerca.

O contraste que grita

Em julho de 2020, em plena pandemia, o jornalista Hélio Schwartsman publicou na Folha de S.Paulo o artigo intitulado “Por que torço para que Bolsonaro morra”. O título, por si só, é um soco no estômago da ética e do senso comum. No texto, Schwartsman afirma que a morte de Bolsonaro por COVID-19 poderia ser um “bem para o país”, sob a lógica consequencialista — aquela que justifica meios pelos fins. A comoção foi imediata, mas o silêncio também. Não houve retratação. Não houve arrependimento. Houve defesa: a imprensa e setores do progressismo blindaram o articulista sob o escudo da “liberdade de expressão”.

Houve decisão no Ministério Público, pedindo trancamento do inquerido na Polícia Federal favorável ao escárnio de desejar a morte do presidente Bolsonaro, segue a decisão: