A tentativa de agressão do vereador Joãozinho (PDT) contra o prefeito licenciado Theodorico Ferraço (PP) trouxe de volta um antigo escândalo político em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. O caso envolve o desvio de cimento da Prefeitura para o município de Presidente Kennedy, episódio que marcou os bastidores da política local.
Tentativa de agressão do vereador Joãozinho reacende denúncias antigas
Assim que tomou conhecimento da ocorrência, o ex-vereador Ary Corrêa procurou a redação da FOLHA DO ES. Segundo ele, a tentativa de agressão do vereador Joãozinho expõe um histórico de suspeitas que já haviam sido denunciadas no passado.
À época dos fatos, Joãozinho ocupava o cargo de subsecretário de Serviços Urbanos. De acordo com Ary Corrêa, o parlamentar era o responsável direto pelas cargas de cimento desviadas.
Desvio de cimento motivou ação no município vizinho
Ary Corrêa afirmou que vinha fiscalizando movimentações consideradas irregulares ainda durante o exercício do mandato. Segundo ele, a situação culminou em uma intervenção direta fora de Cachoeiro.
“Dei voz de prisão a ele no município vizinho e não permiti que se evadisse do local”, afirmou.
O ex-vereador relata que acompanhou Joãozinho até a Delegacia de Itapemirim, responsável pela jurisdição do caso envolvendo o desvio de cimento da Prefeitura de Cachoeiro.
Ex-vereador relata tentativa de suborno
Durante o deslocamento até a delegacia, Ary Corrêa afirma que houve uma tentativa de suborno por parte do então subsecretário.
“Ele tentou me subornar oferecendo obras da gestão e outras vantagens”, declarou.
Blindagem política teria impedido avanço do caso
Segundo Ary Corrêa, após o episódio, houve blindagem política para evitar o aprofundamento das investigações e o comparecimento dos envolvidos à Câmara Municipal.
“Houve conluio político para que ele não se apresentasse na Câmara de Vereadores. Nem ele, nem seus superiores, nem o prefeito. Estava tudo blindado”, afirmou.
Histórico reforça gravidade da tentativa de agressão
Para o ex-vereador, a tentativa de agressão do vereador Joãozinho não causa surpresa. Ele afirma que o comportamento atual guarda relação com episódios anteriores.
“A carreira dele como agente público sempre deixou margem para suspeitas”, disse.
Ary Corrêa também relembrou que, da tribuna da Câmara, fez acusações públicas contra o parlamentar.
“Ele ficou conhecido como ‘João do Cimento’. Fiz a minha parte diante do ilícito. Se outras instâncias não fizeram, estou de consciência tranquila”, concluiu..
O ex-vereador relata que acompanhou Joãozinho até a Delegacia de Itapemirim, responsável pela jurisdição do caso. Durante o trajeto, diz ter sido alvo de tentativa de suborno.
“Entrei no carro dele para registrar o boletim de ocorrência. No caminho, ele tentou me subornar, oferecendo obras da gestão à qual servia e outras vantagens”, declarou.
Ary Corrêa afirma que, posteriormente, houve blindagem política para impedir o avanço do caso.
“Houve conluio político para que ele não se apresentasse na Câmara de Vereadores, assim como seu superior e nem o prefeito. Estava tudo blindado”, disse.
Para o ex-parlamentar, o comportamento recente de Joãozinho não causa surpresa.
“Não me surpreende a tentativa de agressão ao prefeito Ferraço. Ele não tem escrúpulos”, afirmou.
Ary Corrêa concluiu com críticas duras à trajetória política do vereador.
“A carreira dele como agente público sempre deixou margem para suspeitas nos bastidores. Os colegas da legislatura passada têm pleno conhecimento disso. Da tribuna, eu o chamei de ladrão de cimento. Ele ficou conhecido como ‘João do Cimento’ até hoje. Fiz a minha parte diante do ilícito. Se outras instâncias não fizeram, estou com a consciência tranquila.”
