ES Surpreenda-se: um passeio pelas tradições e pelo jeito acolhedor capixaba

Gastronomia, café, cultura e festas tradicionais revelam a identidade capixaba e impulsionam o turismo em diferentes regiões do estado

- Panela de barro faz parte da identidade capixaba. Foto: Reprodução/TV Sim SBT

A alma capixaba se expressa na comida, no afeto e nas tradições. Em Goiabeiras, em Vitória, o cheiro de queimado e o calor do fogo anunciam um símbolo do Espírito Santo.

As panelas de barro, patrimônio cultural do Brasil, seguem moldadas pelas mãos das paneleiras. O trabalho preserva técnicas transmitidas dentro das famílias e também acolhe novos aprendizados.

“A minha avó era paneleira, a minha mãe era paneleira, hoje eu, mais três irmãs somos paneleira, dois irmãos também. Se você for ver aqui dentro aqui da associação, são grupos familiares que tem aqui dentro do galpão, né, que vem de geração em geração.”, conta Benerinicia Nascimento, presidente da Associação das Paneleiras de Goiabeiras.

Essas panelas aquecem a gastronomia capixaba e percorrem o mundo como símbolo de resistência. Além disso, carregam memória, pertencimento e identidade. No estado onde a moqueca é patrimônio afetivo, cada peça guarda muito mais que uma técnica.

Poucos quilômetros depois, as panelas chegam à Ilha das Caieiras. O local é considerado o principal polo gastronômico da culinária capixaba. Ali, cozinhas abertas aproximam moradores e turistas da tradição.

“Eu tô aqui há 38 anos, entendeu? A moqueca capixaba é realmente a melhor”, conta a cozinheira baiana Jucinez Brito.

Café capixaba

Além da cozinha, o café especial amplia o mosaico de sabores do Espírito Santo. Das montanhas capixabas, o grão segue da plantação à xícara com reconhecimento internacional. O cultivo une agricultura familiar, clima favorável e dedicação.

“O capixaba gosta muito de conversar sobre o café, da onde vem, fazer essa conexão com o produtor, né? Qual são os métodos de preparo, os processos que são feitos em cima do café, isso tudo dá essa resenha que a gente gosta de viver também com o café”, explica Renan Intra, empreendedor do café.

No entanto, mudanças tributárias impactam o setor. Com a reforma, o imposto passa a ficar no estado consumidor. “O ICMS que antes ficava no Espírito Santo, agora ele vai ficar no local de consumo. Então, se o consumo é fora do Espírito Santo, quem recolherá o ICMS será o estado onde esse consumo vai estar acontecendo”, explica Alvaro Duboc, secretário de Estado de Planejamento e Economia.

Segundo Duboc, os investimentos cresceram nos últimos anos, principalmente para atrair os turistas. “Nós somos de um patamar de investimento de em torno de 600 milhões por ano e vamos encerrar 2025 o investimento de 20 bilhões. E esse investimento sobretudo em infraestrutura, isso melhora a vida das pessoas no deslocamento pelo estado, pelas cidades, mas sobretudo também melhora na atração de turistas para o Espírito Santo.”, destaca Duboc.

Cultura do estado

Na cultura, o movimento também é de valorização. O Espírito Santo é uma diversidade de culturas e paisagens que nem sempre é valorizado. De acordo com Fabricio Noronha, secretário de Estado de Cultura, muitas vezes pensam que “a grama do vizinho é mais verde”.

“Com um investimento que foi intensificado tanto na parte de eventos, de atividades através da nossa lei de incentivo à cultura capixaba, por exemplo, também na nossa parte de patrimônio como Theatro Carlos Gomes, que foi recém-iaugurado, também o porto do Sítio Histórico lá de São Mateus e mais de 50 parcerias com os municípios que tem resgatado essa nossa história através desses monumentos.”, conclui o secretário.

FONTE: ES 360