O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, não faz mais o tipo “gestor tímido com festa popular”. Depois da polêmica balada ao som de Calcinha Preta, agora emenda Arena de Verão com É o Tchan e confirma aquilo que muita gente já percebeu. Ele gosta mesmo é de Carnaval, música alta, palco iluminado e público animado. E não nega isso em momento algum.
Pazolini nunca escondeu que aprecia o clima de show, de verão e de folia. Gosta de estar perto da pista, da estrutura de evento, da energia dos artistas e da plateia. Vitória, nesse embalo, vai ganhando cara de cidade-turnê. Cada nova atração musical vira também uma vitrine política e um registro nas redes sociais do prefeito dançando, sorrindo e se jogando no ritmo do momento.
Enquanto uma parte da população cobra solução para problemas antigos da capital, outra se diverte assistindo à metamorfose do prefeito em animador oficial da temporada de verão. A agenda de Pazolini parece dividir-se entre despacho e ensaio geral, ofício e camarim, reunião técnica e backstage. O poder público vai administrando buracos, filas e demandas, enquanto a Prefeitura se acostuma com o som de check de microfone ecoando na orla.
O início de 2026 promete ainda mais. Com eleição no horizonte e verão em alta, a tendência é que a mistura entre palco e política se intensifique. Shows, arenas, programações especiais e muita presença de palco do prefeito. Vitória corre o risco de entrar definitivamente para o roteiro nacional das festas, com um prefeito que dança, posa, sorri e aproveita cada refrão.
No fim, o enredo é simples. Pazolini gosta de Carnaval, gosta de festa e assume isso sem rodeios. Pau que nasce torto não precisa nem fingir que é reto. Basta seguir no compasso. E ele segue, firme, entre a Calcinha Preta, o É o Tchan e o verão que não acaba nunca.
