Ricardo Ferraço entra na disputa com uma vantagem estratégica que nenhum adversário possui. Enquanto os prefeitos que desejam concorrer ao Palácio Anchieta são obrigados a renunciar até abril de 2026, ele fará exatamente o oposto: assumirá o Governo do Estado durante a campanha.

Essa diferença altera completamente o cenário eleitoral. Os prefeitos deixam seus cargos, perdem estrutura administrativa, enfrentam desgaste e entram na corrida enfraquecidos. Ferraço, ao contrário, ganha visibilidade institucional, poder de agenda e autoridade política no momento decisivo.

O cargo de governador em exercício oferece exposição diária, capacidade de inaugurar obras, liderar ações e ocupar o centro do debate público. É a vitrine mais poderosa que um candidato pode ter em ano eleitoral.

Além disso, Ferraço é o nome mais consolidado do grupo que comanda o Espírito Santo há mais de uma década. Tem experiência, articulação e respaldo empresarial e institucional. Sua chegada ao governo apenas reforça essa musculatura.

Com adversários deixando cadeiras e ele assumindo a principal delas, a disputa deixa de ser equilibrada. No tabuleiro político, Ricardo Ferraço joga com as peças mais fortes.