Pai de santo e primo de Daniel Vorcaro é preso por importunação sexual

Uma assistente do religioso também foi detida durante ação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG)

- Vorcaro chegou a ser alvo de um inquérito que investigava um suposto crime de peculato cometido em 31 de agosto de 2021 Foto: Reprodução

O pai de santo e investigador da polícia civil Henrique Vorcaro, de 54 anos, foi preso nesta semana por suspeita de envolvimento em crimes de violação sexual mediante fraude, importunação sexual, extorsão, ameaça, lesão corporal, entre outros delitos. O religioso estava à frente do Terreiro de Umbanda Omolokô Ilê Axé Guian, localizado no bairro Santa Efigênia, na região Leste de Belo Horizonte, e também foi afastado das atividades, conforme confirmado pela Justiça mineira nesta sexta-feira (21/11). Henrique Vorcaro é primo do banqueiro Daniel Vorcaro, preso nesta semana em uma operação que mira a venda de títulos de créditos falsos.

Conforme a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG),os crimes teriam sido cometidos por Henrique, a mãe dele e uma assistente, que também foi presa durante operação nessa quarta-feira (19/11). Em nota, a instituição destacou “seu compromisso com a lisura, a transparência e a responsabilização de seus integrantes, assegurando a continuidade das apurações e o respeito ao devido processo legal”.

Conforme apurado pela reportagem, Vorcaro chegou a ser alvo de um inquérito que investigava um suposto crime de peculato cometido em 31 de agosto de 2021. Em agosto deste ano, porém, a Justiça determinou o arquivamento do caso porque o delito prescreveu. A decisão considerou que a pena máxima prevista para esse tipo de crime é de um ano, e, portanto, o prazo prescricional aplicável era de quatro anos.

Em nota, o terreiro afirmou que existe há 38 anos e que sempre trabalhou de forma íntegra, praticando a caridade e ajuda ao próximo. “Nossa casa não se resume à figura de um sacerdote, que nesse momento já está sendo inquirido e condenado por todos sem nem ao menos ter o direito à ampla defesa”, afirmou.

O texto ainda destaca que acredita na Justiça e que luta para que “todas as questões sejam elucidadas e que a verdade prevaleça”.

Defesa

Em nota, a defesa de Henrique Vorcaro afirmou que não teve acesso pleno aos autos do decreto prisional, mas que já é possível saber que as as medidas cautelares são irregulares.

“Todas as medidas para demonstrar a lisura e idoneidade religiosa dos sacerdotes presos continuarão sendo tomadas até o pleno estabelecimento da verdade e da Justiça”, afirmou.

FONTE: O TEMPO