Dois fugitivos de Linhares são presos durante megaoperação no Rio

Cleyton Silvestre Pereira e Cleison Souza Jesus haviam fugido do sistema prisional capixaba e foram capturados em ação considerada a maior chacina da história fluminense

Dois homens naturais de Linhares, identificados como Cleyton Silvestre Pereira e Cleison Souza Jesus, estão entre os presos na megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro, realizada esta semana nos Complexos do Alemão e da Penha.
A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) nesta sexta-feira (31).

De acordo com o órgão, os dois haviam fugido do sistema prisional capixaba em momentos distintos — Cleyton em abril deste ano e Cleison em dezembro de 2022. Ambos eram procurados pela Justiça e possuíam mandados de prisão em aberto.

A operação no Rio de Janeiro, já considerada a maior chacina da história fluminense, resultou em mais de 100 mortos e 113 prisões, segundo informações do Governo do Estado do Rio.
A ação foi deflagrada com o objetivo de cumprir 100 mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento com organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas e roubo de cargas.

Apesar do alto número de mortes, apenas 20 mandados foram efetivamente cumpridos, entre eles o dos dois fugitivos de Linhares.

Ligação com o tráfico e reforço na segurança capixaba

A Sesp do Espírito Santo informou que os dois linharenses mantinham vínculos com o tráfico de drogas e haviam fugido de unidades prisionais capixabas, sendo considerados foragidos de alta periculosidade.

Com a repercussão da operação, o governo capixaba anunciou a ativação de um plano de contingência para monitorar as fronteiras com o Rio de Janeiro, prevenindo a migração de faccionados e possíveis retaliações entre grupos criminosos.

O caso também reacendeu o debate sobre a segurança nas fronteiras estaduais. O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União), defendeu o fechamento temporário das divisas com o Rio de Janeiro e cobrou ações de reforço policial do governador Renato Casagrande (PSB).

Enquanto isso, o governo estadual reforça que, até o momento, não há indícios de movimentação criminosa significativa entre os dois estados, mas que as forças de segurança permanecem em alerta.

FONTE: ES FALA