O vereador Armandinho Fontoura (PL) protagonizou um discurso inflamado durante a sessão da Câmara de Vitória nesta semana, direcionando duras críticas ao ex-governador Paulo Hartung. Em tom ácido, o parlamentar acusou Hartung de agir nos bastidores para influenciar as eleições de 2026, sem ter coragem de se colocar diretamente na disputa.

Segundo Armandinho, o ex-governador teria “pipocado” ao não assumir candidatura ao Senado e estaria apoiando nomes considerados frágeis para, segundo ele, manipular o eleitorado capixaba. “É covarde, não tem culhão de disputar porque sabe que vai tomar um pau. Prefere arquitetar estelionato eleitoral com candidatos medíocres, sem trabalho prestado”, afirmou no plenário.

Ataques diretos e provocações

Em sua fala, o vereador citou lideranças políticas como o ex-prefeito de Colatina, Sérgio Menegheli, a quem chamou de “cavalo de Troia” de Hartung. Ironizou ainda projetos considerados irrelevantes de parlamentares apoiados pelo ex-governador, como a criação do “Dia da Pereveca”, em referência a um biscoito tradicional.

Armandinho também lançou um desafio ao prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), pedindo que apareça publicamente em uma foto ao lado de Hartung. “Se aparecer numa foto do lado dele, perde votos, principalmente da polícia militar, que não o perdoa pela greve”, declarou.

Contexto político

O vereador ainda acusou Paulo Hartung de querer prejudicar as pré-candidaturas do governador Renato Casagrande (PSB) e do vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), a quem o parlamentar disse que o ex-governador teria “ódio declarado”.

“Você só quer atrapalhar Casa Grande e Ricardo Ferraço. Você é de esquerda, Hartung. Não tem coragem de colocar o nome à disposição, prefere manipular o jogo”, atacou.

Tom de campanha antecipada

O discurso de Armandinho reflete a temperatura crescente no cenário político capixaba às vésperas de 2026. Posicionando-se como voz da direita, o vereador acusou Hartung de ser responsável por “farsas eleitorais” e conclamou os capixabas a rejeitar esse tipo de prática.

“O Espírito Santo não merece farsantes. Precisa de uma representação digna no Senado, que traga resultados e recursos para o estado”, finalizou.