
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (16), a Operação Dublê, que tem entre os alvos um empresário do ramo de revenda de veículos e três policiais civis suspeitos de integrar uma organização criminosa com atuação em Colatina, Vitória, Serra e Teixeira de Freitas (BA).
A investigação apura furto, adulteração e venda ilegal de automóveis, além de golpes contra seguradoras, receptação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Apreensões em Colatina e demais cidades
Durante o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão e um de afastamento cautelar de função pública, expedidos pela 3ª Vara Criminal de Colatina, os agentes localizaram uma grande quantidade de dinheiro, eletrônicos, drogas e armas, além de itens ligados à revenda de veículos.
Entre os materiais apreendidos estão:
- R$ 124.450 em dinheiro vivo
- US$ 180 (cento e oitenta dólares)
- 17 aparelhos celulares
- 3 notebooks e 3 CPUs
- Pen drives, HD externo e cartões de memória
- Chaves e acessórios de veículos
- Relógios de luxo
- Rastreadores veiculares
- 3 rádios comunicadores
- 5 porções de maconha e 2 porções de haxixe
- 1 revólver calibre 38 e munições de acesso restrito
- Diversos documentos relacionados às investigações
Os mandados foram cumpridos simultaneamente em Vitória, Serra e Colatina, no Espírito Santo, e em Teixeira de Freitas, na Bahia.

Apreensões realizadas durante a Operação Dublê no ES e BA — Foto: Divulgação MPES
Investigação conduzida a partir de Colatina
A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Norte) e pela Promotoria de Justiça Criminal de Colatina, com apoio da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), do Ministério Público da Bahia (MPBA) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Os mandados envolvendo os policiais civis foram acompanhados por representantes da Corregedoria da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES). Segundo a corporação, os investigados são oficiais investigadores de polícia (OIP) lotados na Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).
Em nota, a Polícia Civil informou que a Corregedoria-Geral instaurará procedimentos internos para apurar as responsabilidades administrativas dos agentes citados.
O MPES revelou que as investigações correm sob sigilo judicial, e novas medidas poderão ser adotadas conforme o avanço das apurações.
A Operação Dublê expõe um esquema criminoso complexo, que, segundo os investigadores, envolvia policiais e empresários atuando na manipulação de veículos furtados e adulterados, com ramificações em diferentes estados.
FONTE: ES FALA