A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), prendeu, no último dia 23, Fabrício Vieira Coelho, vulgo “Cesar”, de 29 anos. O indivíduo é apontado pelas investigações como um dos principais adulteradores de veículos da Grande Vitória. Ele foi preso em um prédio de luxo no bairro Praia de Itaparica, em Vila Velha. Além disso, foi apreendida uma impressora para gravação e cortes a laser, um veículo, celulares e um computador.

As informações foram repassadas em uma coletiva realizada na manhã dessa terça-feira (28), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.

As investigações sobre o caso começaram quando a Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), sob o comando do delegado Luiz Gustavo Ximenes, recebeu a informação de que uma caminhonete estava completamente adulterada. A partir dessa denúncia, a equipe entrou em contato com a delegacia da Serra e, por meio de ações de inteligência e investigações de campo, conseguiu localizar o principal suspeito, identificado como Fabrício.

Em maio de 2024, a Polícia Civil deflagrou a primeira fase da “Operação Adulteration”, mas o alvo conseguiu escapar na ocasião. Durante a operação, foram apreendidos diversos itens, como uma motocicleta adulterada, aparelhos eletrônicos, placas de veículos, maquinários, papéis e pistolas de pintura utilizadas na adulteração de veículos. As buscas continuaram, e Fabrício foi considerado foragido.

Entretanto, no dia 23 de janeiro deste ano, a Polícia Civil recebeu uma informação precisa sobre o paradeiro de Fabrício, que estava em um prédio de luxo em Vila Velha. Com base nessa informação, foi cumprido o mandado de prisão e a busca na residência do acusado.

De acordo com as investigações, Fabrício não se limitava a adulterar veículos, mas também falsificava documentos, como carteiras de identidade, CNHs e licenciamento de veículos, além de enviar esses documentos falsificados para outros estados. O delegado ressaltou que ele é um indivíduo extremamente inteligente e habilidoso.

“Após a prisão, nós oferecemos um termo de colaboração, com o objetivo de obter informações sobre outros envolvidos na organização criminosa. No entanto, o acusado e sua advogada negaram a colaboração, e Fabrício optou por cumprir a pena. Apesar disso, já temos alguns nomes de outros envolvidos e queríamos confirmar as informações por meio do termo de colaboração, além de planejar a instauração de outros inquéritos”, disse o titular da Delegacia Especializada de Furtos e Roubo de Veículos (DFRV), delegado Luiz Gustavo Ximenes.

Fabrício foi indiciado por receptação, adulteração veicular, falsificação de documentos e associação criminosa.