8º Encontro dos Amigos da Capoeira reúne mestres e rodas culturais em Cachoeiro

Evento acontece em Cachoeiro de Itapemirim, no dia 26 de outubro, com programação cultural que inclui capoeira, samba de roda e maculelê

Cachoeiro de Itapemirim se prepara para receber o 8º Encontro dos Amigos do Mestre Falcão, marcado para o dia 26 de outubro, das 9h às 14h, na quadra de esportes da Escola Prof. Athayr Cagnin, no bairro Nossa Senhora de Fátima, conhecido como “Buraca do Novo Parque”.

O evento, que já se tornou tradicional no Espírito Santo, vai reunir capoeiristas de diferentes cidades e estados, promovendo integração e valorização da cultura popular. A programação inclui apresentações de Capoeira Angola e Capoeira Regional, além de samba de roda e maculelê, que enriquecem ainda mais as manifestações culturais ligadas à capoeiragem.

Segundo o organizador, o mestre Falcão, o encontro tem como objetivo fortalecer os laços de amizade entre os praticantes e valorizar a diversidade de estilos que compõem a capoeira.

“É um momento de união, em que podemos compartilhar experiências e mostrar a riqueza cultural que acompanha a capoeira”, destacou.

Presença especial

O evento contará com a participação do mestre Nico, de Salvador (BA), que passará uma semana em Cachoeiro para compartilhar sua vivência na tradição da capoeira regional.

“Cada mestre traz sua experiência e sua forma de ensinar, o que amplia nosso conhecimento. Essa troca é essencial porque mostra a riqueza de estilos diferentes”, explicou Falcão.

Trajetória do mestre Falcão

Reconhecido nacional e internacionalmente, mestre Falcão é doutor em Capoeira Popular e o terceiro mestre do Espírito Santo. Ele já recebeu o Prêmio Berimbau de Ouro, considerado o “Oscar da Capoeira”, além do Prêmio Internacional Berimbau de Ouro, entregue anualmente em Salvador (BA). Recentemente, também foi condecorado pelo Dr. Honório Causa, em reconhecimento aos serviços prestados à cultura popular e ao social por meio da capoeira.

Natural da Serra do Caparaó e criado em Cachoeiro de Itapemirim, Falcão iniciou na capoeira aos 10 anos de idade. Hoje, aos 55 anos, acumula uma trajetória de 45 anos dedicados à prática e mais de 30 anos de ensino, formando gerações de capoeiristas no Espírito Santo.

“A capoeira faz parte da minha vida. Só me afastei durante o período da pandemia, mas nunca deixei de viver esse universo”, contou.