O tremor de terra de 2,9 graus na escala Richter que atingiu a Grande Belo Horizonte na noite dessa terça-feira (16/9) espantou moradores da região. Não há, por ora, registro de danos causados pelo fenômeno, que é considerado de pouca gravidade — até os 4 graus, os tremores não costumam preocupar os especialistas. Mas o passado de Minas guarda tragédias relacionadas aos tremores.

Em 2007, o estado registrou aquela que é, até agora, a única morte oficialmente relacionada a um tremor de terra em Minas. Uma menina de 5 anos morreu após o desabamento da parede de sua casa no vilarejo rural de Caraíbas, na cidade de Itacarambi, no Norte de Minas. Ela estava dormindo ao lado da irmã gêmea, que sofreu ferimentos. O tremor chegou a 4,9 graus na escala Richter e causou danos às casas da comunidade. Relembre a reportagem de O TEMPO daquela semana.

No Brasil, o maior terremoto já registrado ocorreu em janeiro de 2024, na Amazônia. Ele atingiu 6,6 graus, contudo não causou danos, por ter sido disparado a uma grande profundidade. Já um dos tremores com maiores consequências ocorreu em 1986, em João Câmara, no Rio Grande do Norte. Com magnitude de 5,1 graus, ele destruiu cerca de 4.000 imóveis.

Como está no meio de uma placa tectônica, o Brasil não costuma ser atingido por grandes tremores, que geralmente ocorrem mais próximos às bordas de uma placa. Mas tremores também ocorrem em consequência de terremotos mais distantes, em outros países da América Latina, e principalmente quando há um acúmulo de energia na placa Sul-Americana, onde está o Brasil. Essa energia pode reativar falhas geológicas antigas, que são espécies de fraturas nas rochas, e assim impactar a superfície.

FONTE: O TEMPO