
Por Thamiris Guidoni
Alfredo Chaves integra o estudo internacional sobre a Febre Oropouche. E nesta segunda (15) aconteceu um encontro importante sobre a saúde pública no município. A reunião aconteceu no gabinete do prefeito Hugo Luiz, e contou com a presença de especialistas de renome nacional e internacional para debater sobre o assunto e outras doenças emergentes.
A professora Dra. Ethel Leonor Noia Maciel, epidemiologista reconhecida mundialmente, pesquisadora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com pós-doutorado na Johns Hopkins University (EUA), foi uma das convidadas. Enviada especial da COP-30 para o setor saúde, Ethel também preside o Grupo de Trabalho sobre tuberculose da Organização Mundial da Saúde (OMS) e já foi Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.
Durante o encontro, ela apresentou dados atualizados e compartilhou pesquisas sobre a Febre Oropouche, além de outros estudos que vêm sendo conduzidos no município.
Além de Ethel, o evento contou com a participação de João Paulo Cola, doutor em Saúde Coletiva e referência técnica em Arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde (SESA); Orlei Cardoso, Secretário de Vigilância em Saúde da SESA e Karllian Soares, doutora em Saúde Coletiva, além de autoridades e técnicos locais.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Taís Uliana, o grupo levou informações atualizadas e trocou experiências sobre estratégias de vigilância, prevenção e controle das arboviroses, que vêm se tornando um desafio crescente no Brasil.
Pesquisa internacional em andamento
Alfredo Chaves integra o estudo internacional “Global case series of Oropouche virus disease during the 2023–2024 outbreak”, realizado em parceria com o Barcelona Institute for Global Health (ISGlobal), a Fundação de Medicina Tropical (FMT-HVD) e o Laboratório de Epidemiologia da UFES (LabEpi/UFES), sob coordenação da professora Ethel Maciel, com apoio da Prefeitura Municipal.
A pesquisa é considerada fundamental diante da expansão geográfica do vírus Oropouche, dos casos graves registrados, da transmissão vertical já identificada e dos primeiros óbitos associados à doença no Brasil. Os resultados irão subsidiar ações de vigilância e políticas públicas em escala global.
A reunião foi um espaço para aproximar ciência, saúde, agricultura e meio ambiente, fortalecendo a conexão entre a população, gestores locais e as pesquisas em desenvolvimento no município.
A febre oropouche é transmitida pelo maruim (Culicoides paraensis). Os sintomas, que incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas e diarreia, são semelhantes aos da dengue e chikungunya. Não há tratamento específico, mas é importante procurar atendimento médico para tratamento sintomático, repouso e acompanhamento.
FONTE: ES BRASIL